Dez pontos concentram 16% das mortes no trânsito do ABC nos últimos dois anos. Em comum, estes locais possuem, além da insegurança para quem circula, a presença predominante de rodovias e de corredores de ônibus. O levantamento dos trechos foi realizado com base nos dados do InfoSiga. O banco de dados do governo do Estado traz informações sobre os locais dos acidentes mortais desde agosto de 2016. Nestes 20 meses, o sistema aponta para 446 casos em Santo André, São Bernardo e São Caetano.

São Bernardo concentra 58% deles, além de liderar na quantidade de pontos perigosos. São cinco trechos e uma região de divisa. A presença da via Anchieta é determinante nas mortes. A rodovia tem o local mais perigoso do levantamento: o km 28, no Riacho Grande, onde está a barragem da represa Billings.

Foram 12 mortes na região, sete delas de pedestres. A Ecovias, concessionária do Sistema Anchieta-Imigrantes, afirma que as fatalidades acontecem a 500 metros de uma passarela e que tem trabalhado em ações educativas.

Outro ponto preocupante também fica em São Bernardo. A região do Paço e da avenida Lucas Nogueira Garcez teve no período 9 mortes. Pedestres e motociclistas foram as vítimas no trecho, caracterizado pela presença do corredor de ônibus ABD, grande número de estabelecimentos de serviço e um tumultuado encontro de pistas na praça Samuel Sabatini.

Apesar dos dados ainda preocupantes, a região teve redução de 25% de mortes no primeiro trimestre do ano na comparação ao mesmo período de 2017. O mês atual é considerado o Maio Amarelo no país, voltado para campanhas de respeito no trânsito. No domingo, o Parque Celso Daniel recebe um caminhão com atividades para crianças sobre o tema. A garotada também é o foco nas simulações de cidades montadas pela Prefeitura de São Bernardo e pela Ecovias.

Fonte: Metro