PERMISSÃO: Cinco concessionárias de pedágio (Econorte, RodoNorte, Ecovia, Ecocataratas e Caminhos do Paraná), que atuaram no Paraná entre 1997 e 2021 por descumprimento dos contratos e por corrupção no período em que administraram as rodovias do Anel de Integração do Paraná, voltaram a poder participar de processos licitatórios a partir de agora. Foto: Divulgação

De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR), com o fim da concessão, cancelas foram liberadas à 0h deste domingo (28)

Desde à 0h deste domingo (28), os usuários de algumas rodovias paranaenses deixaram de pagar tarifas, após 24 anos de concessão do Anel de Integração, que entrou em vigor em 1997, divido em seis lotes rodoviários.

Com o fim dos contratos, as cancelas das 27 praças de pedágio, distribuídas nas seis concessionárias, devem ficar liberadas por pelo menos um ano, até que seja concluída a nova concessão, que está sendo conduzida pelo Governo Federal, por meio do Ministério da Infraestrutura (MInfra).

Diante do cenário atual, o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR) lançou edital para contratar empresas que irão realizar os serviços de guincho nas rodovias estaduais pelo período de um ano. Já na rodovias federais, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) agiu da mesma forma e irá contratar empresas para a prestação dos serviços aos usuários.

As empresas vencedoras vão fazer a conservação do pavimento, controle de vegetação próxima às pistas, drenagem e sinalização dos trechos. A validade dos serviços que estão sendo contratados é de até dois anos.

Em situações de emergências, os usuários podem ligar para o 191 (PRF) e 198 (PRE).

FIM DE 2022: Nova licitação já está em andamento por meio do Ministério da Infraestrutura (MInfra). Se tudo correr bem – sem surpresas -, nova concessão será finalizada no fim de 2022. Será? Foto: Jonathan Campos/Sistema Ocepar

Nova concessão

O novo pacote de concessão é formado por rodovias estaduais e federais, e terá mais de 3 mil quilômetros de extensão, sendo 2,3 mil quilômetros atuais e mais 1 quilômetros de novos trechos.

De acordo com o Ministério da Infraestrutura (MInfra), o projeto das Rodovias Integradas do Paraná engloba os trechos que estão sendo absorvidos pelo Dnit. A modelagem da nova concessão já está em análise pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O leilão e a assinatura de contato estão previstos para o primeiro semestre de 2022. A previsão é de que sejam investidos R$ 44 bilhões durante a vigência contratual.

Os contratos de pedágio vão ser divididos em seis lotes, que vão a leilão separadamente. A decisão de cada um dos lotes será feita por disputa livre na bolsa de valores. Vence a empresa que conceder o maior desconto na tarifa base.

A perspectiva é que o pregão ocorra em 2022, com assinatura do contrato no último trimestre do ano. O Governo do Paraná estima que as novas tarifas sejam de 40% a 50% mais baratas que se pagava nas concessões que estavam em vigor.

Mais 15 pedágios

A alegria de ficar um ano sem pagar pedágio é relativa. Afinal, a nova concessão irá trazer 15 novas praças de pedágio que serão criadas, totalizando 42 praças de pedágio. Entre as obras previstas no pacote, estão a duplicação de quase 1,8 mil quilômetros e a instalação de rede de internet Wi-Fi em todos os trechos de concessão.

O modelo também prevê a construção de 10 contornos urbanos e faixas adicionais em rodovias já duplicadas, terceiras faixas, além de câmeras de monitoramento e iluminação em LED.

A maior parte das obras devem acontecer nos primeiros sete anos de concessão. Os novos contratos devem valer por 30 anos.

1 COMENTÁRIO

  1. Como sempre pagamos o valor tríplice por um serviço meramente provisório, deveria ficar provisoriamente pelo menos 72 anos sem cobranças.
    Com certeza, não nos faria falta alguma.

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