A pista é irregular, cheia de fendas e repleta de buracos, de tamanhos e profundidades diversos. Problemas que, além de engarrafamentos, danificam veículos e aumentam os riscos para os motoristas. A descrição acima se aplica ao trecho da PE-60 entre os municípios do Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca, ambos no Grande Recife. A rodovia estadual é a principal via de acesso às praias do Litoral Sul e ao Complexo Portuário de Suape. Castigada pelas chuvas e pela falta de manutenção adequada, a estrada se transformou em um calvário, tanto para quem quer desfrutar das belezas naturais da região, quanto para os que precisam da rota para chegar ao trabalho.
Já no começo, no entroncamento com a BR-101 Sul, no Cabo, nas proximidades de uma lombada eletrônica, tem-se uma ideia do estado avançado de deterioração da rodovia. O comerciante Adilson Moreira, 56 anos, que utiliza a estrada com frequência, é curto e grosso ao descrever a via: “Está péssima”, resume.
Por causa da quantidade de veículos de carga pesada que passa pela área, indo e voltando de Suape, o asfalto está marcado por sulcos. O trânsito fica lento, já que os motoristas fazem de tudo para evitar cair nos buracos. Ao notar a presença da reportagem, ontem pela manhã, alguns condutores acenaram mostrando o polegar virado para baixo.
Para quem a via é rota obrigatória quando o assunto é ganhar dinheiro, caso do taxista Anílson José dos Santos, 45, que é do Cabo de Santo Agostinho, a sensação é que a situação está cada vez pior. “Claramente existe um grande descaso com relação a PE-60. E mesmo assim a gente continua a pagar um IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) caríssimo”, protesta Anílson, que disse já ter empenado o pneu do carro várias vezes.
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