TARIFAS JUSTAS: O deputado Romanelli diz que o debate com o Estado a respeito dos pedágios no Paraná são válidos porque o que está em jogo é a segurança e o desenvolvimento do Norte Pioneiro. "Precisamso da garantia de que o pedágio traga benefícios aos usuários, sem a cobrança de valores que extrapolam a realidade”, disse. Foto: Divulgação

De acordo com o deputado estadual Romanelli, região precisa de investimentos em logística de transportes e a garantia de pedágio com valores justos

O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB) disse na quarta-feira (30 de setembro), que o pedágio, com as tarifas abusivas, prejudica o desenvolvimento dos municípios do Norte Pioneiro. Romanelli acompanhou uma comitiva de lideranças regionais que se reuniu com o vice-governador Darci Piana no Palácio Iguaçu em Curitiba.

“Estamos ampliando o debate com o Estado, porque o que está em jogo é a segurança e o desenvolvimento do Norte Pioneiro. Precisamos de investimentos em logística de transportes e a garantia de que o pedágio traga benefícios aos usuários, sem a cobrança de valores que extrapolam a realidade”, destaca.

Romanelli reforçou que, caso o governo federal insista em manter a decisão de licitar as praças de pedágio pelo modelo híbrido, o valor alto da tarifa será prejudicial para o desenvolvimento da região. “Ninguém suporta mais o preço abusivo do pedágio. É um desrespeito ao povo paranaense e o Estado precisa se posicionar com firmeza. Não vamos aceitar os desmandos do pedágio no Paraná”, ameaça.

Diagnóstico

O grupo do Norte Pioneiro entregou a Piana dois documentos com um diagnóstico completo da economia e negócios de Cornélio Procópio e região. Segundo Romanelli, um dos documentos apresenta um estudo completo sobre a matriz da cadeia produtiva da cidade-polo da região.

Esse estudo apresenta um mapeamento completo da estrutura produtiva, de cada setor econômico, empregos, qualificação dos trabalhadores e a arrecadação de impostos ao município. O estudo também mostra o valor dos gastos do município na economia local e fora da cidade.

“Com esses dados em mãos, vamos aperfeiçoar e aprofundar no estudo, para propor as medidas necessárias para promover o desenvolvimento regional. É um indicador de quais caminhos vamos seguir para alcançar esse objetivo”, comenta Romanelli.

No segundo estudo, realizado pelo Sebrae, foi diagnosticado o sistema de inovação, a partir de consulta aos professores da área, empresas, institutos de pesquisas e organizações associativas em todos os níveis. “Com isso, temos uma visão panorâmica de todo o processo de inovação e o que precisa de investimentos e pode ser melhorado. Esse mapeamento permite entender como podemos produzir inovação com melhor qualidade e mais objetividade”, disse Romanelli.

A reunião contou com a participação do secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex e do diretor-geral do DER/PR (Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná), Fernando Furiatti Saboia, e de lideranças religiosas e empresariais, dentre elas o arcebispo de Londrina dom Geremias Steinmet; os bispos dom Antônio Braz Benevente, de Jacarezinho, e dom Manoel João Francisco, de Cornélio Procópio; o pastor Paulo Moral, presidente do Conselho de Pastores de Cornélio Procópio e o presidente do Codep (Conselho de Desenvolvimento Econômico de Cornélio Procópio), Luís Eduardo de Araújo, dentre outras autoridades.

Fonte: Tribuna do Vale

1 COMENTÁRIO

  1. Romanelli é do PSB, um partido socialista, e esse tipo de político sempre condena os pedágios por puro populismo retórico, se o pedágio fosse estatal ele não reclamaria de nada. Para duplicar as rodovias do Paraná, que ficam em trechos de serra, são necessários muitos bilhões de investimento, e políticos socialistas como Romanelli estão a décadas em Brasília engessando o Orçamento Federal para que o dinheiro vá todo pra “educação”, “saúde” e pra pagar salário e aposentadoria de funcionário público, e não sobra nada para infra-estrutura (o investimento em infra-estrutura é 0,5% do PIB desde que começou essa Constituição de 1988, que limita os investimentos propositalmente). Os pedágios, sim, podem até ser um pouco mais baratos, porque essas concessões de 1997 foram da época do FHC onde o Brasil estava semi-falido, muito mal no cenário de investimento internacional e foi necessário fazer concessões ruins como estas, com pedágio gigante, pra obter interessados. A solução real pra duplicar as estradas do Brasil é realizar novas concessões, com preços medianos (nem muito caros, nem muito baratos), e principalmente, fazer contratos bem-amarrados e fiscalizar muito pesadamente as empresas concessionárias, que sempre que podem, fogem das obrigações dos contratos para lucrar mais. Todo o resto é populiso retórico.

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