SUL FLUMINENSE – Acontece hoje mais um Fórum de debates que tratará do novo modelo de concessão da BR-393, a Rodovia Lúcio Meira. O evento, promovido pela Associação Comercial Industrial Agropastoril de Volta Redonda (Aciap), será realizado a partir das 19 horas no Sesi de Barra do Piraí. São esperadas para o evento diversas autoridades, como prefeitos, secretários municipais, vereadores, deputados federais e estaduais, representantes de entidades de classe, assim como a população interessada. Segundo o presidente da Aciap, Carlos Alberto Santos, a participação de políticos no fórum é muito importante, já que as movimentações futuras dependem de ações junto ao governo federal.
“ Nosso processo foi conduzido de forma não-política. A partir de agora cabe muito a interferência política, que não aconteceu
anteriormente. Pedimos que os políticos estejam presentes nesse evento, que o movimento não é partidário mais necessita de
intervenções”, destaca, lembrando também que será tirada uma comissão para ir à Brasília conversar com o Ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos. “Foi até uma sugestão do secretário do ministro para tentarmos a modificação do atual modelo
de concessão”, explica.
A modificação, segundo Carlos Alberto, seria a transformação da concessão total – onde a concessionária escolhida faria a construção e manutenção – para a concessão parcial. O governo entraria com as construções previstas no projeto e a concessionária escolhida faria a manutenção. “Isso é o que aconteceu com a NovaDutra. Aí o preço cairia muito, como por exemplo do pedágio. Para essa mudança o processo é político não técnico. Essa é a hora dos políticos estarem juntos com a sociedade civil para defender a região”, desabafa. O presidente da Aciap afirma que esse fórum será o quinto realizado, sem contar as inúmeras pesquisas. “Percebemos, com isso, que esse modelo é danoso à região do ponto de vista sócio-econômico”, destaca
Carlos Alberto.
A Aciap está trabalhando para impedir esse modelo de privatização há um ano e meio. Segundo o presidente, a partir do momento que o processo se tornou público, quando foram distribuídas pesquisas e resultados de fóruns para os políticos a luta se tornou de todos. “Não queremos saber quem será o pai da criança. Precisamos de soluções”, argumenta Carlos. A luta da entidade, aliada com alguns representantes de municípios, como o de Barra Mansa, ajudou a desacelerar o processo de privatização. “O edital era para ser lançado em julho e a partir de janeiro o pedágio já seria cobrado e teriam cinco anos para realizar as obras consideradas essenciais e que precisam ser realizadas rapidamente”, esclarece.