REPLICANTE: O Gaeco Central e a PRF atuaram nesta terça-feira (26) na Terceira Fase da Operação Replicante, no Estado do Espírito Santo, onde apura irregularidades do Detran capixaba. Foto: Divulgação

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco Central), do Ministério Público do Estado do Espírito Santo, deflagrou nesta terça-feira (26), a terceira fase da “Operação Replicante”, em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), na qual apura a existência de organização criminosa destinada à prática de fraudes na emissão de Certificados de Registros de Veículos no Estado do Espírito Santo (CRVs), por inserção de dados e falsificação de documentos perante sistema do Detran-ES.

De acordo com as investigações, foram revelaram provas de fraudes no registro de veículos em nome de inúmeras pessoas (mais de 400 proprietários – “laranjas”), com utilização de notas fiscais falsas contendo números de chassis correspondentes a veículos exportados ou comercializados ao Exército Brasileiro, estando sob investigação cerca de 895 registros de veículos perante o Detran, com valor estimado de fraude superior a R$ 100.000.000,00 (cem milhões de reais), com potencialidade criminosa múltipla, dentre as quais a de realização de empréstimos bancários com utilização, em garantia, de CRVs fraudados no Espírito Santo.

As fases anteriores da operação contaram com o cumprimento de mandados de busca e apreensão e prisão temporária de despachantes, servidores públicos do Detran do Espírito Santo, intermediários e demandantes das fraudes e resultaram no oferecimento de denúncia criminal em face de sete pessoas (1.º núcleo da organização criminosa), perante a 3.ª Vara Criminal de Vila Velha/ES.

As análises de dados do material apreendido em poder dos demais investigados estão sendo realizadas e as investigações prosseguem na identificação de outros possíveis integrantes da organização criminosa.

A terceira fase da “Operação Replicante” está direcionada ao cumprimento de mandado de busca e apreensão domiciliar expedido pelo Juízo 3.ª Vara Criminal de Vila Velha, efetivado na manhã deste terça-feira (26) pela PRF, em face de investigado residente na cidade de Caratinga-MG,identificado como possível demandante das fraudes(núcleo de pessoas que utilizam nome de terceiros e documentos falsos destinados à realização das fraudes).

A apuração dos fatos seguirá com a análise dos documentos apreendidos, de mídias e de dispositivos móveis, bem como oitiva de pessoas.