Os comerciantes e produtores rurais do município de Eldorado estão articulando um protesto para chamar a atenção das autoridades governamentais para os problemas econômicos causados após o surgimento da febre aftosa e que podem ser prorrogados após a decisão da manutenção do embargo na área de risco sanitário. A informação foi repassada pelo presidente da Associação Comercial de Eldorado, Auro Trento (também membro do Sindicato Rural), que está discutindo o assunto com representações de Japorã e de Mundo Novo. Segundo ele, os produtores de Eldorado não descartam a possibilidade de fechar a rodovia BR-163.
De acordo com o presidente, falta decidir a data e o local do protesto e, havendo o fechamento, faltará escolher pelo bloqueio
total ou parcial.
Os eldoradenses temem que o prolongamento das medidas restritivas possam causar mais prejuízos na região impactada pelo surgimento dos 34 focos de febre aftosa, em outubro de 2005. “Perdemos mais de 60% do movimento comercial na cidade e houve redução nas
contratações, com dispensa de 600 funcionários no frigorífico e menor capital circulante, devido à falta de comercialização de carne, leite e derivados na região, sem contar que fomos
castigados por secas em três anos consecutivos”, relembrou Trento, que tem uma revenda de implementos agrícolas.
O industrial Marcos Ramalho acredita que o frigorífico Fibrasil (ex-Friboi) continuará funcionando após ser reaberto há cerca de 60 dias, para o abate de 300 animais/dia (com venda para o mercado interno) e com a contratação de 260 funcionários. No entanto, Trento quer que haja a garantia da continuidade do funcionamento. “Além de não divulgar nada sobre o funcionamento do frigorífico, queremos que haja a autorização para a reabertura dos frigoríficos de Iguatemi”, afirmou.
