O promotor Yuri Mendonça, de Guaíra, entrou na Justiça contra o Estado para melhorar as rodovias de acesso à cidade. Em média, são 80 acidentes por ano.

Entre os anos de 2003 e 2006, aconteceram 239 acidentes em trechos de rodovias perto de Guaíra e 16 pessoas morreram. Os dados são da Polícia Rodoviária, que fez o levantamento a pedido do Ministério Público.

A ação civil pública do promotor é movida contra o DER (Departamento de Estradas de Rodagem) e a Fazenda do Estado de São Paulo. Mendonça acredita que a má conservação de três estradas que dão acesso à cidade tenham relação com os acidentes. Os alvos da ação são trechos das rodovias Fábio Talarico, da Assis Chateaubriand e da vicinal entre Guaíra e Ipuã.

A dona de casa Helena de Souza acredita que as condições ruins da estrada contribuíram para a morte do seu filho Danilo, de apenas três meses, em setembro do ano passado. Ele estava dormindo e foi arremessado pelo vidro de trás durante a colisão. Apesar de o carro ter parado num trevo por um problema mecânico, eles acreditam que o grave acidente poderia ter sido evitado.

Na SP-345, oito pacientes do Hospital do Câncer de Barretos ficaram feridos num acidente em janeiro de 2005. Seis meses depois, na mesma rodovia, uma trabalhadora rural morreu num acidente entre dois ônibus de bóias frias. Em janeiro de 2006, na SP-425, doze pessoas ficaram feridas quando uma van e um caminhão bateram de frente.

Quatro mil assinaturas foram anexadas aos autos do processo. As fotos de trechos com problemas fazem parte da perícia realizada pelo Instituto de Criminalística. A própria Polícia Rodoviária comprova a situação ruim da pista em locais onde aconteceram acidentes.

A ação exige urgência na pavimentação de acostamentos, recapeamento, sinalização e ainda manutenção constante das estradas.

A assessoria do DER informou que o departamento ainda não foi notificado sobre a ação.