FINANCIAMENTO: Financiamento no segmento de caminhões e ônibus, entre janeiro e setembro de 2022, ficou na média de 2021: CDC somou 40%; vendas à vista, 28%; e consórcio, 4%. O Finame teve um ligeiro aumento, 28% contra 25% em 2021. Foto: Aderlei de Souza/Ilustrativa

Segundo Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (ANEF), resultado é 2% menor, comparado a igual período de 2021

Os recursos liberados para financiamentos de veículos, no período de janeiro a setembro deste ano, totalizaram R$ 143,79 bilhões, montante 2% inferior ao registrado em igual período de 2021, segundo o boletim trimestral da ANEF (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras).

Segundo a ANEF, o saldo total da carteira, contudo, segue em alta. Em setembro, alcançou R$ 363,3 bilhões, incremento de 13,1% no comparativo anual. O CDC continua a modalidade preferida dos brasileiros, responsável por R$ 360,9 bilhões e alta de 13,2%, enquanto o Leasing responde por R$ 2,4 bilhões, queda de 4%.

Na opinião do presidente da entidade, Paulo Nomam, é importante ressaltar que as modalidades CDC e Leasing apresentam ritmos diferentes. “O setor mostra uma capacidade grande de absorver o cenário desfavorável e entender as necessidades dos consumidores. Os bancos associados à Anef sempre buscam soluções para atender aos anseios dos clientes“, explicou Noman.

Segundo ele, o prazo máximo de financiamento mantido pelos bancos foi de 60 meses, mas o prazo médio de concessão de crédito com recursos livres foi de 47 meses. “A tendência de pagamento à vista segue em alta, como verificado no primeiro semestre. De janeiro a setembro, na venda de veículos de passeio e comerciais leves, 57% das negociações foram à vista, ante 50% registrados em igual período de 2021. Em seguida, aparece o CDC, com 39%, e o Consórcio, com 4%, ponderou.

Motos têm crescimento nas vendas

De acordo com a ANEF, as vendas à vista de motocicletas também tiveram alta: 35%, contra 30% no ano anterior. A modalidade de CDC empatou com as compras à vista, enquanto o Consórcio representou 30% das transações, queda de 2% em relação aos nove meses de 2021.

No segmento de caminhões e ônibus, as formas de pagamento de janeiro a setembro deste ano mantiveram-se na média de 2021: CDC somou 40%, negociações à vista, 28%, e o consórcio, 4%. O Finame teve um ligeiro aumento, 28% contra 25% do ano anterior.

Segundo Noman, a tendência de pagamento à vista ainda é uma questão que o mercado procura entender. Embora ainda tenha uma produção reprimida de veículos, o dirigente está otimista sobre 2023. “Com a regularização da produção de veículos, e maior previsibilidade da produção das montadoras, os bancos vão conseguir um melhor planejamento.” 

Inadimplência e taxa de juros

A inadimplência no acumulado até setembro registrou ligeiro aumento. Com mais de 90 dias nos veículos adquiridos por pessoas físicas, foram 5,7% contra 4,2%, no mesmo período do ano passado. Para pessoa jurídica, a variação foi menor, 1,9% contra 1,6%

As taxas de juros registraram ligeira queda, tanto no comparativo anual como mensal. Em setembro, as associadas da ANEF trabalharam com taxa de 1,77%, ante 1,78% de agosto. No ano, 23,98% versus 24,03%, no período de janeiro a setembro de 2021.

Com informações da ANEF