Empresários do ramo de transporte de cargas em Mato Grosso participaram de uma reunião com a concessionária da BR-163, ontem à noite. Eles puderam tirar dúvidas sobre a concessão e instalação das praças de pedágios ao longo dos 850 quilômetros da rodovia federal. A reunião foi organizada pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Mato Grosso (Sindmat) e realizada no Sest/Senat, em Cuiabá.

Os transportadores direcionaram questionamentos ao diretor-geral, Paulo Lins, e ao diretor de Operações, Fabio Abritta. Os dois gestores apresentaram o passo-a-passo dos trabalhos da concessionária até a instalação das praças de pedágio. Segundo Lins, a concessionária tem que duplicar 45 quilômetros, ou seja, 10% da obra total que compete à concessionária e construir as nove praças de pedágios.

Lins explicou que independente da conclusão das obras do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), a partir da conclusão da parte de responsabilidade da Odebrecht, todas as praças de pedágios serão instaladas. Lins destacou as melhorias já realizadas na rodovia Imigrantes, que liga as regiões sul e norte. Os empresários reconheceram a importância das obras feitas, mas explicitaram que a duplicação dessa pista com extensão de aproximadamente 26 quilômetros é essencial. A previsão é que a duplicação da via se dará em até três anos.

Abritta lembrou que o período chuvoso inibe as obras de duplicação, tanto as realizadas pelo DNIT, bem como nos trechos da Rota do Oeste. Entretanto, garantiu que os trabalhos de manutenção não paralisarão. Outro esclarecimento importante foi sobre a responsabilidade de manutenção dos trechos do DNIT. “Conforme os trechos forem entregues à nossa empresa com a qualidade prevista em contrato, passaremos a assumir a manutenção dos mesmos”. O DNIT tem 60 meses para concluir obras em 400 quilômetros.

Perguntado sobre a segurança na rodovia, Abritta pontuou que serão instaladas 500 câmeras para monitorar o trânsito e que o objetivo também é realizar um trabalho em parceria com as polícias, principalmente a Polícia Rodoviária Federal. Lins citou que seis postos de pesagem serão implantados. Para os transportadores, o assunto merece maior atenção e a Rota do Oeste se prontificou em organizar novas reuniões para falar especificamente sobre o tema. A necessidade de um rodoanel contornando Cuiabá foi lembrada, bem como foi externada a preocupação com a falta de pontos de parada para motoristas.

A concessionária esclareceu que estes pontos para descanso não estão previstos no contrato e que a tendência é que as áreas sejam assumidas pela iniciativa privada, como, por exemplo, postos de combustíveis com amplo estacionamento.  Os transportadores presentes evidenciaram apreensão quanto ao custo dos pedágios. A Rota do Oeste defendeu que os valores cobrados nas praças serão compensados pela qualidade dos pavimentos, maior segurança e redução da manutenção nos caminhões.   

Fonte: Só Notícias