Após o desabamento de uma das pistas da BR 101, sentido Campos/Vitória, devido às fortes chuvas, uma nova cratera começou a se abrir próximo à primeira, antes mesmo que qualquer providência fosse tomada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no sentido de reparos da rodovia. De acordo com oficiais de um dos postos de apoio do Corpo de Bombeiros, próximo ao lugar aonde a pista cedeu, uma equipe de obras do Departamento chegou a ser enviada ao local, com o objetivo de encontrar soluções para o problema. Inicialmente, a idéia seria a de cobrir a cratera com pedras, o que se tornou inviável diante do rompimento das manilhas responsáveis pelo escoamento da água das localidades próximas, que passam por debaixo da pista. Em Santo Eduardo, onde 350 famílias tiveram suas casas invadidas pela cheia do ribeirão Palmares, Murundum e outras localidades, equipes da secretaria de Promoção Social em conjunto com a Defesa Civil montaram postos para a distribuição de colchões, cobertores e cestas básicas às famílias atingidas pelo temporal. No final da tarde de ontem os números chegavam a 30 famílias desabrigadas, mais de 2,5 mil desalojados e uma morta.
Acostamento é usado como alternativa
Com o rompimento de uma das pistas da BR 101, na altura de Morro do Coco, os motoristas que passam pelo local acabaram transformando o acostamento na principal via de acesso. Apesar das placas de sinalização colocadas ao redor da cratera, nem a Polícia Rodoviária Federal (PRF), nem representantes do Dnit permaneceram no local para o controle de trânsito aumentando o risco de acidentes. O responsável pela comunicação da Polícia Rodoviária Federal na região, Iuri Guerra, informou que a responsabilidade de sinalização e monitoramento das rodovias em casos como o da BR 101 é do Dnit.
— Sinalização é obrigação do Dnit e não da PRF. Na medida do possível, estamos tentando sinalizar, mas tivemos dois desabamentos, na BR 101 e na BR 356, mas com a ocorrência de acidentes temos que cumprir o que é nossa obrigação e deixar o local, porque não cabe a nós fazer esse serviço — disse o patrulheiro Iuri Guerra, Representantes do Dnit não foram encontrados.