Importante ligação da capital paulista com o interior do Estado colaborou com o desenvolvimento regional
A Rodovia Castello Branco (SP-280), importante ligação entre a capital paulista e o interior do Estado, completa 52 anos de inauguração, nesta terça-feira, 10 de novembro de 2020.
De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), os primeiros estudos para a construção da rodovia são de 1953, mas o projeto é de 1961. Destinada a ser a primeira autoestrada brasileira, sua construção teve início em 1963, pelo então governador Adhemar de Barros, e o primeiro trecho, entre São Paulo e Torre de Pedra, foi entregue ao tráfego em 10 de novembro de 1968 pelo então governador Roberto de Abreu Sodré.
O projeto da Castello Branco à época consistia em uma estrada com características técnicas de alto padrão de engenharia que contemplaria pistas com 10,5 m de largura, com três faixas cada, canteiro central largo, faixas de acostamento amplas, curvas suaves, rampas com baixa inclinação e acessos sem cruzamento às cidades diretamente servidas pela rodovia.
Ainda de acordo com o DER, o primeiro nome da rodovia foi “Auto Estrada do Oeste” e foi popularmente conhecida como Rodovia do Oeste. Mas, em 2010 e em 2013 tentaratam alterar o nome da rodovia.
Projeto original
O projeto original da Castello Branco previa que a rodovia terminasse na divisa entre São Paulo e Mato Grosso do Sul, nas proximidades de Presidente Epitácio, uma que havia planos de estender a rodovia em direção ao Paraguai. Ficou só nos planos.
O ultimo trecho da rodovia foi inaugurado em 1981, perto da divisa entre Espírito Santo do Turvo e Santa Cruz do Rio Pardo, no acesso à região de Ourinhos, e ao norte do Paraná, pelas rodovias SP-255, SP-225 e SP-327.
A integração da Castello Branco, por meio de um complexo viário de pontes sobre os rios Tietê e Pinheiros, com as avenidas marginais, em São Paulo, foi entregue em 9 de julho de 1978, que hoje é chamado popularmente de Cebolão.
Os dias atuais
Meio século depois, comemora seus 52 anos de amadurecimento e é um dos principais corredores que levam o desenvolvimento da Capital rumo ao oeste do Estado de São Paulo. Há 22 anos, a concessionária ViaOeste contribui com esse crescimento regional, com R$ 1,5 bilhão investido na modernização da rodovia no trecho compreendido entre os Kms 13, em Osasco, e 79, em Itu.
Essa extensa via corta importantes municípios, que viram seu crescimento ser alavancado às margens da Castello Branco. O primeiro deles é Osasco. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) o PIB (Produto Interno Bruto) de Osasco foi de R$ 77,9 bilhões em 2017, indicando que o município é a 6ª cidade mais rica de todo o Brasil e a 2ª do Estado de São Paulo.
Logo na sequência, vem Barueri. O município vem experimentando constante crescimento nos últimos anos e atualmente ocupa o 5º lugar no ranking das principais economias do Estado de São Paulo, com mais de R$ 47 bilhões de PIB. As vizinhas Santana de Parnaíba, Jandira e Itapevi também acompanham esse progresso, com o desenvolvimento de parques industriais com empresas diversificadas, centros logísticos e setores de serviços.
Araçariguama, com cerca de 22 mil habitantes, também tem atraído novas empresas nos últimos anos e possui importantes indústrias das áreas de siderurgia e química. São Roque, além de cativar pelos seus pontos turísticos, agora é referência regional com um complexo misto de empreendimentos, que engloba um amplo outlet e o primeiro aeroporto privado do país, inaugurado pela JHSF em dezembro de 2019, às margens da Castello Branco, e é voltado à aviação executiva.
Com produção agrícola diversificada, Mairinque também viu diversas empresas chegarem ao município desde a instalação do parque industrial. A Estância Turística de Itu, além de seu importante valor histórico, apresenta atividade industrial nos setores de alimentos, bebidas, metalurgia, eletroeletrônica e cerâmica.
De acordo com o diretor da ViaOeste, José Salim, usufruir de uma rodovia moderna e segura, como é o caso da Castello Branco, é um fator de incentivo à instalação de novos empreendimentos e, sobretudo, beneficia a população dessas cidades com mais oportunidade de empregos, o que gera consequentemente melhor qualidade de vida.
“Em 2020, a concessionária completou R$ 1 bilhão destinados a esses municípios através do pagamento do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), que incide sobre as receitas da concessionária, principalmente o pedágio”, disse.
Municípios pujantes
Nos nove municípios cortados pela rodovia no trecho sob administração da concesisonária residem mais de 1,8 milhão de pessoas. Isso sem falar dos mais de 12 milhões de habitantes da Capital e outros 600 mil moradores de Sorocaba, que têm relação direta com a rodovia. Pelo trecho inicial da Castello Branco circulam diariamente 180 mil veículos, sendo 29 mil caminhões. Já no trecho do interior, na região de Itu, o fluxo também é bastante expressivo, com mais de 66 mil veículos todos os dias, sendo 17 mil caminhões.
Modernização
Para dar suporte ao intenso fluxo diário ao longo da rodovia, a concessionária já investiu R$ 1,5 bilhão em melhorias na rodovia desde 1998, quando assumiu a administração da Castello Branco.
Nomeada incialmente como Auto-Estrada do Oeste, foi um marco na história da construção civil rodoviária, sendo a primeira obra dessa dimensão no País. Sua implantação, iniciada em 1963, representou uma decisiva contribuição para o aprimoramento tecnológico da engenharia nacional da época. Foi concebida com uma série de diferenciais de conforto e segurança, curvas com ampla visibilidade, largo canteiro central já prevendo futuras ampliações, além de uma inclinação máxima que já permitia que os veículos daquela época fizessem todo o trajeto a 120 km/h.
Em 22 anos de concessão, a rodovia recebeu importantes investimentos, com melhorias na fluidez e benefícios importantes para o conforto e segurança dos usuários. Como destaque, está a construção de 22 quilômetros de pistas marginais, o Projeto Cebolão (remodelação do trevo de Jandira e implantação de novo viaduto para acesso da marginal Tietê), implantação de quarta faixa em diversos trechos, recuperação de pontes, viadutos e passarelas, além de recapeamento e intervenções no pavimento ao longo de todo a extensão da rodovia.