Moradores da Maioba, Cohatrac e Jardim Araçagy estão revoltados com as condições precárias da Estrada da MaiobaMario CarvalhoDa equipe de O EstadoAs comunidades do Cohatrac, Jardim Araçagy e da Maioba interditaram pela quarta vez, no último sábado, a MA-202, mais conhecida como Estrada da Maioba, que encontra-se em péssimas condições para o tráfego de veículos. Munidos de troncos de árvores, pneus velhos, terra e portando faixas com fraes: “Cadê os deputados aliados do governo?”, “Zé aqui está a prova da tua incompetência” e “Zé a MA- 202 não é fantasma” os moradores voltaram a criticar o governador José Reinaldo Tavares (PSB) pela demora na recuperação da rodovia.
Segundo o morador Francisco Martins, a interdição da MA-202 começou de forma parcial, mas devido à gravidade do problema a comunidade resolveu radicalizar e obstruir a passagem de qualquer veículo, interditando a via pública por completo. “Não aguentamos mais essa situação degradante e nos mobilizamos para fazer este quarto bloqueio da estrada por incompetência do governador José Reinaldo”, disse.Segundo Francisco Martins, em setembro de 2003, o então gerente Metropolitano de São Luís, Ricardo Murad, se predispôs a resolver os problemas da Estrada da Maioba, entretanto o gerente foi demitido do cargo e nada foi feito mais. “Naquela época havia um projeto, criado pelo próprio Ricardo Murad, que contemplava a Estrada da Maioba com um plano de drenagem profunda e pavimentação numa extensão de 2,6 quilômetros. De lá para cá, nada foi feito pelo Governo do Estado no sentido de melhorar a situação de quem mora e utiliza a via”, afirmou.Francisco Martins destacou que já denunciou diversas vezes os problemas por meio da imprensa e os levou ao conhecimento do Ministério Público Estadual, ainda assim nada foi feito para resolvê-los. Ele se disse que apesar das dificuldades não desistirá de lutar pela melhoria da estrada por entender que é um direito da comunidade da Maioba e áreas adjacentes.
Até agora, conforme Francisco Martins, o Governo do Estado só contratou a empresa RML Construções que está desde outubro do ano passado para fazer uma obra cujo prazo era de 60 dias, no valor de R$ 884 mil “Vale ressaltar que até agora só retiraram o asfaltamento precário que tinha e ficamos sabendo que a empresa contratada não tinha condições estruturais de dar prosseguimento à obra, que sequer colocou uma placa no local informando sobre os serviços que deveriam ser feitos”, relatou.A comerciante Elzinha Queiroz criticou o descaso do Governo do Estado com o abandono da MA-202. Segundo ela, até mesmo uma galeteria que havia montado às margens da estrada, teve que ser fechada após dois meses de funcionamento. “Não havia condições de manter aberto o estabelecimento, pois em dia de Sol era muita poeira e nos dias de chuva muita lama. Fico chateada por ser inviável trabalhar nessas condições. O governo pode até não fazer nenhuma melhora, mas não nos cansaremos de interditar a estrada”, salientou.