O Governo do Mato Grosso deverá entregar para a iniciativa privada a MT-251, rodovia que liga Cuiabá a Campo Verde, passando por Chapada dos Guimarães, numa extensão de 148,2 quilômetros. Os estudos de viabilidade técnica, econômica, financeira, social e operacional sobre a concessão prevê a instalação de quatro praças de pedágio. Apenas entre Cuiabá e Chapada serão três cobranças: uma no quilômetro 6,5, nas proximidades da Fundação Bradesco, outra no 26 após o trevo de acesso ao Manso e a terceira antes do perímetro urbano de Chapada dos Guimarães no km 51.

Segundo o Governo, a tarifa será de R$ 4,10 proporcional à extensão percorrida onde obtém uma média por quilômetro de R$ 0,25. Nos feriados e finais de semana, o valor sobe para R$ 6,60. De acordo com o Governo, o conceito de ingresso será adotado na tarifa cobrada entre os quilômetros 16 e 61, que contempla as belezas naturais do Parque.

Nesse trecho, estão previstos a maior parte dos investimentos como a duplicação ou a implementação de terceiras faixas (multivias), de pontos de apoio ao usuário como mirantes, áreas de descanso, sanitários entre outros. A quarta praça de pedágio será instalada no Km 59 após Chapada dos Guimarães, denominada rodovia Antônio Clarismundo Scheffer no sentido Campo Verde.

A privatização da rodovia e a cobrança de pedágio tem causado insatisfação popular. Principalmente em Cuiabá. No próximo dia 19, o grupo marcou um “adesivaço” na saída de Cuiabá para Chapada, próximo ao Supermercado Atacadão, para informar a população sobre o projeto de privatização. A ideia é realizar uma carreata até o município. Para os manifestantes a cobrança de pedágio é indevida e se caracteriza como bitributação

Mas, o Governo vai seguir com a proposta. A última etapa da apresentação dos estudos de viabilidade, técnica, econômica, financeira, social e operacional da concessão da MT-251 deveria ter acontecido na quarta-feira, 9, na Associação Comercial e Empresarial de Campo Verde, mas foi cancelada durante o evento em razão da falta de energia elétrica causada por um temporal que atingiu o município. A nova audiência acontecerá no dia 15, no mesmo horário e local.

De acordo com o Governo, os valores apontados no estudo são pré-estipulado em razão da análise do Ibama em cima do Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) que viabilizará ou não os investimentos infraestruturais dentro da zona de amortecimento do Parque. O processo de licitatório é outro fator que impacta diretamente nas tarifas, uma vez que vence o certame a empresa que oferecer o menor preço.