Apenas 6,5% das rodovias que cortam Mato Grosso apresentaram o resultado “ótimo”, de acordo com pesquisa feita pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT). O estudo chega em sua 14ª edição analisando 90.945 km, tornando-se um dos maiores já realizados no país.

Durante 37 dias, entre 3 de maio e 8 de junho deste ano, foram avaliadas as condições de conservação, pavimentação, sinalização e geometria de rodovias estaduais e federais. Em Mato Grosso, foram avaliadas sete vias estaduais (MT-130, MT-208, MT-240, MT-246, MT-320, MT-343 e MT-358) e cinco federais (BR-070, BR-158, BR-163, BR-174 e BR-364).

De acordo com a avaliação geral da CNT, houve uma melhoria significativa na condição das rodovias brasileiras, resultado do aumento dos investimentos em infraestrutura.

Apesar disso, Mato Grosso apresentou o pior resultado do Centro-Oeste. Segundo o estudo, 8,8% das rodovias estão “péssimas”, 26,3% “ruins” e 41,8% “regular”. No Estado, foram 4.240 quilômetros avaliados. Da região, o Distrito Federal foi o que apresentou melhores resultados.

Na avaliação, as rodovias em Mato Grosso foram consideradas ruins. Entre elas estão a MT-130, que liga cidades como Primavera do Leste, Paranatinga e Gaúcha do Norte. A rodovia ficou conhecida como rodovia da morte é a principal ligação dos agricultores da região, com o terminal da Ferronorte, para escoar a produção de grãos.

No Centro-Oeste de forma geral foram avaliados 13.668 km. Destes, 929 foram considerados ótimos, o que corresponde a 6,8%; 3.350 foram classificados como “bons”, que significa 24,5%; 5.487, “regulares” com 40,1%; 15.858 km são “ruins”, o que representa 21,4% e 7.291 km foram considerados “péssimos”, dando 7,2%.

Vale lembrar que o estudo, realizado em parceria com o Serviço Social do Transporte (Sest) e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat), avaliou 100% da malha rodoviária federal pavimentada e os principais trechos sob gestão estadual e sob concessão. Atualmente 84% dos trechos pesquisados são de gestão públicas, os demais são concedidos.

De forma geral, o estudo avaliou que 14,7% da malha rodoviária no Brasil estão “ótimas”; 26,5%, “boas”; 33,4%, “regulares” e 8% “péssimas”.