Com a concessão de sete novos trechos de rodovias federais previsto no programa de concessões rodoviárias do governo federal, serão instalados 62 novos postos de cobrança de pedágios nos próximos anos. A nova etapa do programa abrange 2.600 km de estradas e está em processo de licitação.

O número de pedágios no Brasil vai aumentar dos atuais 331 postos para 393, de acordo com levantamento feito pelo SOS Estradas, programa que visa à redução de acidentes nas rodovias. O estudo considerou todos os pontos de cobrança, incluindo aqueles administrados por órgãos estaduais, como o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) de São Paulo.

De acordo com o coordenador do SOS, Rodolfo Alberto Rizzotto, o levantamento faz parte de um estudo comparativo sobre a concessão de rodovias no Brasil e no exterior, a ser lançado em janeiro. Segundo Rizzotto, já se sabe que o pedágio brasileiro é muito caro. Nas rodovias federais, o valor médio por km é de R$ 0,07, o mesmo cobrado nos Estados Unidos. Os valores do pedágio na Europa ainda estão sendo levantados.

Pelas contas da entidade, um usuário que viajar de automóvel passando pelos 331 postos já instalados vai pagar R$ 1.737,00 de
tarifa. A mesma viagem feita de ônibus ou de caminhão com 4 eixos irá custar R$ 6.184,00 só de pedágio.

O objetivo do estudo, segundo ele, é colocar em discussão as futuras concessões, já que as atuais estão “engessadas” pelos ontratos. “Não somos contra as concessões, mas é preciso que elas atendam o interesse público.” Atualmente, são quase 10 mil km de rodovias concedidas, sendo 3.500 em São Paulo, 2.500 no Paraná, 2.500 no Rio Grande do Sul e 666 km no Rio de Janeiro.

Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo têm pequenos trechos sob concessão. No ranking dos pedágios, o Estado de São Paulo lidera com 159 postos de cobrança, seguido do Rio Grande do Sul com 73, Paraná com 56 e Rio de Janeiro com 29. Bahia e Espírito Santo têm 4 postos cada, Minas Gerais, Ceará e Mato Grosso do Sul, 2. (AE)