Serão cerca de seis mil quilômetros de percurso encurtado, se comparado à distância praticada hoje, e um mundo de oportunidades para usar o caminho para o desenvolvimento econômico do Brasil. É com esses olhos que a rodovia interoceânica, que ligará o Acre ao Peru, está sendo vista por autoridades brasileiras e empresários.

Ontem, um grupo esteve reunido no auditório da Federação da Indústria (Fieac), à convite do Sindicato Nacional dos Analistas Tributários (Sindireceita) para discutir a saída para o Pacífico, bem como as áreas de livre comércio.

Estiveram presentes no evento o presidente do sindicato, Paulo Antenor de Oliveira, o vice-prefeito de Rio Branco, Eduardo Farias, a deputada federal, Perpétua Almeida, o promotor de Justiça, Danilo Lovisaro, o vice-presidente do Tribunal de Contas do Estado do Acre (TCE), Walmir Ribeiro, o superintendente regional da Receita Federal, José Barroso e o vice-presidente da Comissão da Amazônia, Sérgio Petecão.

Durante o evento, Sérgio Petecão disse que o ponto mais importante do seminário é o de colocar em prática as cobranças de empresários para que as obras sigam a todo vapor e que os órgão ligados a fiscalização cumpram com sua parte, impedindo qualquer tipo de ação de contrabandistas.
De acordo com o presidente do Sindireita, Paulo Antenor de Oliveira, esse um fato que certamente surgirá com a conclusão da rodovia, já que sempre existirão os dois lados, o positivo e o negativo de uma grande obra.

“Discutir sobre a saída do Pacífico é algo muito importante e deve envolver muitas esferas. A Rodovia Interoceânica trará muitos benefícios do ponto de vista comercial, mas ao mesmo tempo representará riscos quanto a transporte de mercadorias ilegais, caso a Polícia não esteja atenta a todos esses impactos”, disse o presidente.

Entre os objetivos do evento realizado ontem, está o de debater, nas esferas política, econômica e social, sobre os potenciais benefícios decorrentes da construção de rodovia transoceânica ligando o Brasil ao Oceano Pacífico, em âmbito regional, nacional e continental; debater sobre o processo de integração Brasil-Peru, entre outras questões. Hoje, o grupo que participa do seminário parte rumo a Puerto Maldonado, onde fará uma visita às autoridades locais.

Segundo o presidente do Sindireceita, a existência de canal de saída para o Oceano Pacífico sempre foi considerada relevante e estratégica para o Brasil, no caminho do desenvolvimento econômico, bem assim da integração nacional e continental. A construção da rodovia que dará acesso aos portos peruanos de Ilo, Matarani e San Juan pelo estado do Acre, prevista para ser concluída em 2010, permitirá que o País, hoje ainda de costas para o Pacífico, aproxime-se do Oriente.