Possibilidade surgiu após iniciativa dos profissionais de Goiás; Sindicato descarta bloqueios na região neste momento

O descumprimento da tabela nacional que detalha o piso mínimo do frete poderá gerar nova mobilização dos caminhoneiros no Brasil. Profissionais do estado de Goiás planejam bloqueio de estradas na próxima semana, incluindo uma nova greve. Entretanto, o presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas de Ponta Grossa e dos Campos Gerais (Sinditac), Neori ‘Tigrão’ Leobet, descartou a possibilidade de interrupção no serviço da categoria na região.

Em reportagem publicada nesta quinta-feira (25), o Jornal do Commercio de Porto Alegre deu notoriedade a uma medida que poderá ser tomada por caminhoneiros de Goiás, de bloquear as estradas do estado a partir da próxima segunda-feira (29). Segundo a publicação, os profissionais da região compreendem que há “uma falha da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) em fiscalizar a medida”, colocada como uma das reivindicações da categoria após o movimento realizado no mês de maio.

O texto inclui uma fala de Neori: “Precisamos fazer valer a lei. ‘Tamo’ juntos”. Após ter conhecimento da reportagem, o representante da classe na região refutou a possibilidade de greve da categoria nos Campos Gerais. O presidente do Sinditac revela que recebeu a informação deste movimento dos caminhoneiros goianos, mas que ainda aguarda a efetividade.

Por outro lado, Neori revela que há uma negociação para que, a partir do dia 10 de novembro, os caminhoneiros aumentem a exigência para pressionar a fiscalização nas empresas para que seja cumprida a tabela do frete. Tigrão não descarta a possibilidade de que, a partir desta data, os caminhoneiros não carreguem seus veículos nas transportadoras que não cumprirem o acordo. O representante ressalta que esta possibilidade ainda está sendo negociada e que não há nenhuma definição sobre o tema. Neori também realça que a situação será definida após as eleições presidenciais.

Categoria teve greve em maio

Em maio deste ano, a classe suspendeu as atividades por nove dias, em greve organizada pela Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA). Entre as determinações propostas para encerrar a paralisação, estavam a extinção das ações judiciais propostas pela União relacionadas à paralisação; a isenção da cobrança de pedágio do eixo suspenso em todas as rodovias do Brasil; a criação de uma tabela de piso mínimo de frete, reajustada a cada 6 meses, baseada nos custos de óleo diesel e pedágio; entre outros.

Fonte: http://d.arede.info