Foram soltos neste fim de semana os quatro agentes da Polícia Rodoviária Federal presos em flagrante no último dia três por cobrar propina de sulanqueiros que iam de ônibus para o pólo de confecções do Agreste. A Justiça relaxou a prisão porque os suspeitos são funcionários públicos federais, têm residência fixa e são réus primários.
Eles vão responder o processo administrativo-criminal por concussão, crime no qual funcionário público se aproveita do cargo para obter vantagens. Se condenados, os agentes poderão ser exonerados dos cargos e até o julgamento ficarão afastados do cargo.
Os suspeitos foram detidos depois de um ano de investigações da corregedoria da Polícia Rodoviária Federal. Carlos Roberto Cordeiro de Araújo, 53 anos, Almir José de Carvalho, 54 anos, Sílvio Alberto de Farias Rêgo, 60 anos, e Carlos Manoel de Carvalho, 61 anos, trabalhavam no posto de São Caetano, na BR 232, um dos mais movimentados do estado.
Com os agentes, a Polícia Federal encontrou quase R$ 3 mil em dinheiro. Segundo as investigações, eles cobravam propina de R$40 a R$ 100 de cada ônibus de sacoleiros que passava pelo posto. Todos os suspeitos têm entre 28 e 33 anos de serviço e ganham salários de cerca de R$ 9 mil.