Há exatamente uma semana, mais um acidente envolvendo transportes alternativos resultou em morte. Com esse, o número chega a três casos em dois meses, todos com vítimas fatais. A situação alerta para o fato da insegurança provocada pelo próprio condutor, apontada pelos usuários como o principal problema enfrentado por eles quando resolvem pegar uma van ao invés do ônibus.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Permissionários de Transporte Opcional do Rio Grande do Norte (Sitoparn), José Pedro dos Santos Neto, os acidentes registrados em 2007 envolveram apenas alternativos intermunicipais, mas acaba prejudicando a imagem da categoria em Natal. ‘‘Isso respinga sobre nós. Mesmo assim, o Sitoparn não retira a responsabilidade dos condutores de uma forma geral’’, disse, reconhecendo que há excesso de velocidade e as providências já estão sendo tomadas.
Um das medidas adotadas, e que deve entrar em vigor assim que a questão da bilhetagem eletrônica for resolvida, é a instalação de aparelhos que registrem a velocidade. O objetivo é controlar a velocidade, uma possível mudança de itinerário e não deixar o veículo sair com a porta aberta. ‘‘Ele vai agir principalmente controlando a velocidade do carro. Se o motorista ultrapassar a velocidade máxima, o veículo vai desacelerando aos poucos até parar’’, contou José Pedro. A empresa responsável pelas instalações já foi contratada e cada aparelho vai custar R$ 2.500 para cada carro.
A próxima meta do Sitoparn é unir todas as entidades representativas dos transportes opcionais, que são nove em todo o estado, em uma administração centralizada. Segundo o presidente do sindicato, acontecerá uma reunião na próxima semana para discutir o que está acontecendo e o que pode melhorar no serviço prestado pela categoria.
Atualmente, o próprio Sitoparn realiza fiscalização nas paradas e acompanha o itinerário feito pelos carros da frota natalense, que são 177 ao todo. Na manhã de ontem, por exemplo, foi realizado um trabalho para identificar quais linhas estavam desrespeitando a medida que proíbe o transporte de passageiros em pé. Uma forma encontrada para reduzir as multas e garantir segurança aos passageiros.