Uma comissão formada pelos prefeitos de Sobradinho, Arroio do Tigre, Ibarama e Segredo e deputados da região teve uma audiência no final da tarde de ontem, em Porto Alegre, com o chefe da Casa Civil, Luiz Fernando Záchia; com o sub-secretário dos Transportes, Adalberto Silveira; o diretor-geral do Daer, Gilberto Cunha; e o chefe de gabinete da Governadora, engenheiro José Breda. O diretor-geral do Daer informou que uma operação tapa-buracos começou de forma emergencial esta semana na RS-400 e na RSC-481.

As residências operacionais do Daer em Santa Cruz do Sul e Cachoeira do Sul vão definir os pontos onde as estradas se encontram em situação mais crítica para a colocação de uma massa asfáltica tão logo houver a contratação para o fornecimento do produto. Mas os representantes do governo do Estado descartaram a restauração das rodovias este ano e até mesmo em 2008 por falta de recursos. O prefeito de Arroio o Tigre, Gilberto Rathke, disse que nunca viu tanta choradeira no governo do Estado.

O presidente da Amcserra, Antônio Gilson de Brum, disse que fez contato com o presidente da Emater, Mário Augusto Ribas Nascimento, quando foram avaliadas duas possibilidades de solução para os problemas causados com as demissões na região. Entre elas está a assinatura de um acordo do órgão com a Amcserra, que contrataria os técnicos e pagaria inclusive o repasse à Fundação Assistencial e Previdenciária da Extensão Rural no Rio Grande do Sul (Fapers), fundo de pensão dos funcionários da Emater. A outra opção seria a contratação por um período de seis meses. Mas o prefeito informou que o presidente prometeu fazer uma reavaliação. Gilson de Brum disse que a região seguirá a luta pela “cesta básica do desenvolvimento”.

O prefeito de Arroio do Tigre, Gilberto Rathke, disse que durante a audiência no Palácio Piratini não se cogitou qualquer possibilidade de readmissão dos funcionários da Emater. Afirma que sequer foi possível apresentar os argumentos. Explica que em Arroio do Tigre houve a demissão do chefe, que exercia papel importante no encaminhamento dos projetos do crédito fundiário e financiamento do Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf). “Os agricultores ficaram órfãos, não apenas aqui como nos municípios vizinhos”, afirma.