A obra de duplicação da BR-040 (Rio-Juiz de Fora), que deverá reduzir em cerca de 15 minutos o tempo de viagem entre a capital fluminense e Petrópolis, ainda está sem data para começar. Em dezembro, a empresa Concer, que administra a via, obteve licença do Ibama e havia prometido iniciar as obras em janeiro deste ano. Cinco meses depois, no entanto, nada foi feito. A Concer aguarda um último aval da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para iniciar os trabalhos.

A ANTT afirmou em nota que “o assunto, em face da necessidade de aportes de recursos não previstos em contrato, está em estudo” no órgão. A agência informou ainda que enviou ao Ministério dos Transportes “algumas alternativas que estão sendo estudadas”. Agora, a ANTT diz que aguarda uma resposta do ministério “para dar prosseguimento ao caso”.

De acordo com o presidente da Concer, Pedro Jonsson, falta dinheiro para realizar a obra e, por isso, o Ministério dos Transportes estuda maneiras de autorizar o início da duplicação.

– Ainda aguardamos uma posição do governo, faltaram recursos no edital feito. Para que essa obra seja paga, acredito que precisaremos aumentar o tempo de concessão em mais cinco anos – disse Jonsson.

A Concer administra a BR-040 desde 1996 e tem contrato com a União até 2021.

O valor aproximado da duplicação é de R$ 830 milhões e, após iniciadas, as obras devem durar cerca de 36 meses.

– Queria que as obras ficassem prontas para a Copa do Mundo. Mas com esse atraso acho que será difícil. Então pretendemos estar com a duplicação pronta para 2016 – disse Jonsson.

Se sair do papel, a obra prevê a duplicação das pistas de descida da Rio-Petrópolis e a criação de um novo acesso da BR-040, ligando o Bingen ao Quitandinha, para reduzir o tráfego no Centro da cidade serrana. Isso permitiria que a atual pista de subida da Rio-Petrópolis, projetada há quase cem anos, fosse transformada numa estrada-parque.