Com os primeiros impactos negativos de sua fase de obras na BR-101 Sul previstos para a próxima segunda-feira (19), uma etapa que vai durar seis meses, a Concessionária Rota do Atlântico (CRA) começou nesta terça-feira (13) a se apresentar ao grande público. Hoje desconhecida da maioria dos pernambucanos, a CRA responde pela segunda concessão rodoviária estadual, um sistema viário que terá pedágio nos acessos a Suape e no uso de uma nova rodovia de 43 quilômetros, a Via Expressa, que vai até o distrito de Nossa Senhora do Ó, em Ipojuca, um atalho para Porto de Galinhas, Maracaípe e Serrambi. O pedágio só entrará em operação em outubro de 2013.

A primeira obra visível ao grande público começará semana que vem. Ela mudará a paisagem nas proximidades do Hospital Dom Helder Câmara e na Fábrica da Caninha 51 e deve ficar pronta até junho: um complexo viário de cinco viadutos, com um total de quatro quilômetros de extensão e 14 alças de acesso para ligar as vias da região nos sentidos Recife, Ponte dos Carvalhos, Suape, Centro do Cabo e Alagoas (veja o quadro ao lado).

O presidente da CRA, Júlio Perdigão, afirma que a concessionária já investiu R$ 120 milhões dentro de Suape e na rodovia rumo a Nossa Senhora do Ó, uma execução física de 35% em todo o sistema. Mas o investimento previsto em todo o contrato de concessão, de 35 anos, será de R$ 450 milhões, com R$ 40 milhões apenas no complexo de viadutos que terá as obras iniciadas semana que vem.

Mesmo quando tudo estiver pronto, quem usar o complexo viário em frente à Caninha 51 para seguir pelos caminhos atuais (BR-101 nos dois sentidos, PE-60 ou antiga BR-101, em direção a Ponte dos Carvalhos) não vai pagar pedágio. A história será outra para os atuais 10 mil veículos que entram e saem de Suape todos os dias, bem como para quem quiser utilizar a Via Expressa rumo às praias de Ipojuca no verão do final de 2013.

A velocidade de referência na Via Expressa será de 100 quilômetros por hora. O superintendente de Operações da CRA, Ivan Moraes, afirma que a rodovia será complementar à malha atual e vai desafogar a PE-60.

O contrato envolve operação, monitoramento e conservação da nova rodovia e de outras vias dentro de Suape.

A CRA é formada pela Odebrecht Transport (que tem sociedade com o Fundo de Infraestrutura do FGTS) e pela Invepar (composta pela Previ, Petros, Funcef e OAS).