A queda de uma ponte sobre o rio Paranatinga na região norte de Mato Grosso impediu o trânsito de veículos entre os municípios de Sinop e Ipiranga do Norte, distantes a 503 quilômetros e 455 quilômetros de Cuiabá, respectivamente. De acordo com o conselheiro da Associação dos Beneficiários da Rodovia dos Pioneiros, Edegar Stragliotto, o problema está localizado no km 20, e iniciou ainda no último dia 17. O excesso de peso de um bi-trem carregado com soja contribuiu com o dano à estrutura de madeira.

A prefeitura de Sorriso realizou uma obra emergencial no local. O objetivo era garantir a passagem dos veículos e, para isso, tubos foram utilizados para dar vazão à água no ponto onde a ponte caiu. Eles formariam uma espécie de bueiro, conforme explica Stragliotto. Além de facilitar a passagem da água na região onde a ponte caiu, eles permitiriam a continuidade do trajeto pelos veículos.

No entanto, conforme explica o conselheiro da associação, o fluxo maior fez com que a água transbordasse, passando sobre a rodovia. “A prefeitura colocou duas carreiras de tubo, mas o volume de água foi superior e não conseguiram [os tubos] darem vazão”, disse Edegar. Para evitar que a água sobre a rodovia representasse perigos, decidiu-se abrir um canal para liberar a passagem da água do rio.

“A água estava começando a esbarrancar [onde os tubos foram colocados]. Assim, abriram [um canal], um pouco antes de onde a ponte caiu”, salientou Stragliotto. Na região estão localizadas propriedades rurais, mas o representante da associação fala em excesso de peso dos veículos utilizados para escoamento da produção agrícola.

“Não tem fiscalização. Cada um leva o quanto quer. Há vários trechos da rodovia que estão esburacados pelo excesso de peso”, acrescentou o representante. A associação dos beneficiários da rodovia deve solicitar, na segunda-feira (23), auxílio da secretaria de Pavimentação Urbana para resolver o problema ocasionado pela queda da ponte.

Um desvio alternativo permite a passagens de veículos de pequeno porte pela região da MT-222. Para isso, eles precisam passar por fazendas e aumentar em cerca de cinco quilômetros o trajeto da viagem, conforme explica Stragliotto.