Ministro Marcelo Sampaio reforçou discurso de Bolsonaro e defesa do direito de ir e vir
No discurso realizado nesta terça-feira(1), o presidente Jair Bolsonaro deixou claro que não defende o tipo de manifestação que estão ocorrendo nas rodovias.

“As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedades, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir.”

Pouco depois, o ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, publicou nota oficial que confirma esse entendimento:

“Dirijo-me a todos os manifestantes que realizam bloqueios em vias importantes para o país. Neste momento, solicito o apoio de vocês, que defendem bandeiras que eu defendo – ordem, respeito às leis, trabalho técnico e liberdade para todos -, no sentido de garantirmos a circulação em nossas rodovias de medicamentos, insumos, bens e combustíveis.
Queremos evitar prejuízos ao país e continuar nos esforçando para manter o legado de tudo aquilo que fizermos para transformar a nação. Nós continuamos defendendo a liberdade e acreditando no Brasil.
Desde as primeiras notícias de que rodovias importantes do país estavam bloqueadas por manifestantes, o Ministério da Infraestrutura tem monitorado a situação junto à Polícia Rodoviária Federal e mantido tratativas para resolução da questão.
Dentro de nossas atribuições, temos empreendido todos os esforços para que as vias sejam liberadas com a maior brevidade possível. E, neste sentido, é preciso destacar: desde a noite de domingo (30), mais de 300 pontos de interdição foram desativados.
Trabalhamos para que a livre circulação de pessoas e veículos seja retomada o quanto antes. Além de assegurar o direito de ir e vir de nossa população, é fundamental manter o funcionamento de serviços essenciais e o transporte rodoviário de cargas, de forma que não haja qualquer tipo de desabastecimento em nosso país.
O Governo Federal, como um todo, está atento à situação em nossas estradas e no seu impacto sobre o funcionamento de outras áreas essenciais ao Brasil. Mais uma vez, daremos a nossa contribuição para superarmos esse momento sensível. Contem conosco.”

Embora seja questionável a postura do governo nas primeiras horas, principalmente da direção da PRF, que desde o primeiro Diretor Geral do atual governo sempre mantiveram postura de subserviência ao presidente e esqueceram de que a PRF tem mais de 90 anos de história e não pertence a nenhum governo, os sinais enviados por Bolsonaro e seu atual ministro são claros: liberem as rodovias.

No estado de Santa Catarina a situação ainda é caótica com quase 40 pontos de interdição na manhã dessa quarta-feira(2). Justamente onde está a Universidade de PRF, motivo de orgulho da corporação. Ali trabalham os instrutores que preparam as novas gerações. A maneira como a corporação vai agir no estado será referência para a história da PRF. Existem complexidades em Santa Catarina que precisam ser compreendidas mas até o momento a situação não será lembrada com orgulho pela corporação.