Sinistros, no total de 18, foram registrados em 14 de janeiro de 2023, e Nilson Pedro dos Santos foi preso em flagrante com embriaguez constatada e sinais de surto psicótico. Ele ainda está na cadeia
Depois de um ano, a Justiça ouviu pela primeira vez, nessa quarta-feira (17), 12 vítimas, além do caminhoneiro Nilson Pedro dos Santos, 36 anos, que provocou 18 sinistros (acidentes) em sequência entre Ponta Grossa (PR) e Curitiba (PR).
A sessão foi conduzida pelo juiz Leonardo Bechara Stancioli, responsável pelo caso, que ouviu os envolvidos, e só depois decidirá se o caso de fato irá a júri popular. O réu, o caminhoneiro Nilson Pedro Dos Santos está preso desde o dia dos sinistros.
Santos responde por crimes como tentativa de homicídio e dirigir, em alta velocidade, com capacidade psicomotora alterada por consumo de álcool e cocaína. A defesa do caminhoneiro não se manifestou.
De acordo com as investigações, Nilson Santos, na época, saiu de Ponta Grossa (PR) com uma carga de garrafas cervejas e percorreu cerca de 140 quilômetros com a carreta Scania, modelo G380 A6X, desgovernada.
De acordo com as investigações, o motorista provocou seis batidas na BR-277 e 12 na capital. Três pessoas ficaram feridas. Ninguém morreu.
Na ocasião, Nilson dos Santos disse à polícia que fez uso de droga sintética e que estava há três dias sem dormir.
Em nota, a empresa responsável pela carga disse que não tem relação direta com o motorista e que continua à disposição para qualquer esclarecimento e que ressarciu as vítimas pelos danos provocados.
As investigações mostraram que, na madrugada do dia dos sinistros, o caminhoneiro frequentou um bar de Ponta Grossa (PR).
O relatório do inquérito cita que o exame toxicológico a que o motorista foi submetido confirmou uso de cocaína. À polícia, Santos já tinha dito que bebeu e usou drogas antes de pegar a estrada. No depoimento, ele disse que é usuário desse tipo de entorpecente devido à profissão.
Relembre o caso
Em 14 de janeiro de 2023, um caminhoneiro visivelmente drogado, colocou em risco a vida de centenas de pessoas em Curitiba (PR), ao trafegar de Ponta Grossa (PR) passando pela BR-277 e chegando às ruas e às avenidas de Curitiba, capital paranaense.
Na ocasião, Santos admitiu em seu depoimento na delegacia, que havia feito uso de cocaína e “rebite”. Nilson Pedro dos Santos, com 35 anos à época, foi preso em flagrante com embriaguez constatada e sinais de surto psicótico.
Alta velocidade
Ofício da Secretaria de Trânsito de Curitiba (PR) enviado à polícia aponta que radares registraram o veículo circulando a 105 km/h em Curitiba (PR) e a 109 km/h em Campo Largo (PR).
Na Rua Major Heitor Guimarães, por exemplo, o caminhão trafegou a 90 km/h – velocidade 90% superior à permitida, de acordo com a secretaria.
Esta preso ainda pq pegou advogados fraquíssimos