Carona com quem está sóbrio é mais sensato; Lei Seca proíbe qualquer motorista de dirigir sob efeito de álcool
Que bebida alcoólica e direção não combinam todo mundo sabe. E a Lei nº 11.705 – mais conhecida como Lei Seca – está vigente desde 2008 para não deixar ninguém esquecer. Ao longo dos anos, além de penalidades mais duras, os motoristas viram aumentar o leque de alternativas para não dirigirem sob o efeito do álcool, como ir de carona com um amigo que não tenha ingerido bebida, o popular “amigo da vez”.
Ao modificar o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), a Lei Seca passou a punir os motoristas que insistem nessa mistura perigosa. Além de receber multa gravíssima – no valor de R$ 2.934,70 – e sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH), o condutor que for flagrado embriagado, soprando ou não o etilômetro (bafômetro), pode ter a habilitação suspensa e até ser preso.
A fiscalização em torno do assunto não para por aí. Para garantir a segurança nas rodovias federais, a legislação proíbe estabelecimentos próximos a esses trechos de venderem bebida alcoólica, com penalidade de multa e suspensão de direitos.
Segurança no trânsito
A preocupação com o assunto mobilizou a população e, aos poucos, tem mudado o conceito sobre segurança no trânsito: de acordo com um estudo do Centro de Pesquisa e Economia do Seguro (CPES), de 2017, a Lei Seca teria evitado a morte de quase 41 mil pessoas entre 2008 e 2016.
Ao tomar atitudes aparentemente simples, como pegar carona com um amigo que não ingeriu bebida alcoólica, o cidadão respeita e preserva muitas vidas. Segundo dados do Ministério da Saúde, os acidentes de trânsito são a segunda maior causa de mortes externas no país. Em 2017, no Brasil, 35,4 mil pessoas morreram em decorrência de acidentes deste tipo e mais de 180 mil foram internadas. Além disso, os gastos com internações foram de R$ 260,8 milhões.