O Programa de levantamento, mitigação e monitoramento de atropelamento de fauna na BR-392/RS concluiu a quinta campanha. Até o momento, foram identificadas 55 espécies de fauna nos 273 atropelamentos registrados. Dessas, 49 são de animais nativos da região, como cachorro e gato-do-mato, tartaruga tigre-d’água, cobra d’água e diversas espécies de aves.

O objetivo é analisar a eficiência das medidas para a mitigação do atropelamento, como as passagens de fauna e a colocação de telas ao longo da pista por meio da estimativa do número de animais mortos e dos pontos onde os acidentes acontecem com mais freqüência.

Alguns animais, como cobras, tartarugas e lagartos procuram a rodovia para se esquentar. Outros tentam passar para o outro lado à procura de água, alimento, refúgio ou reprodução. Por isso, correm risco de atropelamento. Na época de safra, as aves são atraídas para a pista pelos grãos que caem dos caminhões que circulam na BR-392. O ideal seria que estas cargas fossem bem lacradas e que as pessoas não jogassem comida para fora do carro para não atrair os animais.

No verão, muitos bichos ficam mais ativos, e isso aumenta a possibilidade de entrarem na pista. Coincidentemente, em janeiro e fevereiro, as férias e o carnaval aumentam o volume do tráfego nas estradas. Com isso, a incidência de atropelamentos de animais também é maior. Os motoristas precisam estar ainda mais atentos e respeitar as regras de trânsito, a sinalização e os limites de velocidade. Assim, ajudam a prevenir possíveis acidentes.

Medidas para mitigação de atropelamento
Para que o número de atropelamentos diminua, o DNIT incluiu medidas mitigadoras no projeto da BR-116/392. Entre elas está a implantação de passagens de fauna na pista, túneis por onde os animais podem passar sem ter contato com o tráfego da rodovia. Podem ser consideradas passagens de fauna alguns bueiros, pontes, dutos de drenagem ou os próprios passa-fauna, construídos especificamente para a circulação dos bichos. Nos lotes de obras 2 e 3 da BR-392 existem 25 estruturas que podem ser utilizadas como passagem, em uma extensão de aproximadamente 50 quilômetros.

Além das passagens, foram instaladas telas ao longo da pista, com duas funções: isolar os animais da rodovia, e direcioná-los às passagens de fauna, para que a travessia seja feita sem risco.