Duplicação de trecho da BR-277 no Paraná diminui em 38% os acidentes
Duplicação de trecho da BR-277 no Paraná diminui em 38% os acidentes

O número de acidentes registrados no trecho da BR-277 entre Medianeira e Matelândia, na região oeste do Estado do Paraná, diminuiu 38,1% após a duplicação. Os dados foram divulgados pela concessionária Ecocataratas e compara de janeiro a agosto de 2011 ao mesmo período deste ano. Foram registrados 76 e 47 acidentes, respectivamente.

Duplicação de trecho da BR-277 no Paraná diminui em 38% os acidentes

“Demos prioridade na duplicação deste trecho, pois os moradores cansaram de presenciar acidentes fatais. Com essa duplicação todos terão mais segurança, moradores e motoristas”, afirma o governador Beto Richa.
O estudo aponta que a redução no número de vítimas é ainda maior: 77,8%. O número de vítimas fatais caiu de 5 para 1. “Em pista simples a gravidade dos acidentes é muito maior, pois qualquer deslize pode ocasionar numa colisão frontal de grave risco. O maior ganho com essa duplicação é a segurança”, analisa o diretor-superintendente da Ecocataratas, Jeancarlos Mezzomo.

Foram duplicados 14,4 quilômetros de rodovia (entre os km 660 e 674). Uma parte da pista foi liberada em dezembro do ano passado e a outra em julho deste ano. A duplicação faz parte do programa de modernização do Anel de Integração, do Governo do Paraná. É uma antiga reivindicação da população pelo elevado tráfego de veículos – cerca de 13 mil veículos passam por ali todos os dias – e o alto índice de acidentes.
A obra teve investimento de R$ 49,3 milhões e foi executada em parceria do Governo do Estado com a concessionária Ecocataratas. Foram construídas quatro trincheiras e alargado um viaduto no perímetro urbano de Medianeira.

MAIS SEGURANÇA – De acordo com o superintendente regional do DER, Nelson Farhat, a duplicação deste trecho era importante pela ligação entre as duas cidades, pois muitos moradores vão de uma cidade a outra. O trânsito elevado de caminhões também é um problema.
Rosana Andrade (30) mora em Matelândia e todo dia vai à área industrial da cidade vizinha para trabalhar. Conta que ali há muito movimento de caminhões, o que dificultava e tornava a viagem mais perigosa. “Muitos caminhões têm que trafegar e descarregar neste trecho. Agora com uma pista só pra eles deu mais segurança”, disse.

Recepcionista há quase dois anos de um hotel na entrada da cidade de Medianeira, Juliana Golinski (29 anos) diz que presenciou muitos acidentes no local. “O povo entrava na contramão. Não respeitavam. Agora tá mais seguro com a duplicação e o viaduto”¸ destacou.
Para o caminhoneiro Getúlio da Silva, de 54 anos, a duplicação foi muito viável, pois havia muitos acidentes na região. Cada dia aumenta mais o trânsito aqui. A duplicação evita muito mais os acidentes”. Getúlio mora em Foz do Iguaçu e diz que agora também gasta menos tempo pra voltar para casa.
Segundo Jeancarlos Mezzomo, a pista duplicada reduz, em média, 10% o tempo de viagem. “Quando você tem uma pista duplicada há a retenção dos veículos pesados. Os carros não precisam esperar os caminhões se deslocarem”, explicou.

CONTINUAÇÃO DA DUPLICAÇÃO – A duplicação de todo o trecho que liga Cascavel a Foz do Iguaçu é uma necessidade antiga da região e está acontecendo por etapas.
Os próximos lotes, que estão em estudo pelo governo estadual e a Ecocataratas, são: Lote 2A – do km 660 ao km 665, duplicando toda a área urbana de Matelândia; e o Lote 6B, do km 574 ao km 584, entre o Trevo Cataratas até próximo a Ferroeste, na saída de Cascavel para Curitiba. O investimento será de aproximadamente R$ 98 milhões.

Os projetos preveem também a construção de três passarelas para pedestres. “Assim como a duplicação entre Medianeira e Matelândia, são dois trechos prioritários pelo grande fluxo de veículos e desenvolvimento que terá essa saída de Cascavel, onde muitas indústrias devem se instalar. Antecipamos o desenvolvimento”, afirmou Jeancarlos Mezzomo.