A população da região Noroeste aprovou nesta quinta-feira (05) a obra de duplicação da PR 323, que liga Maringá a Francisco Alves. A aprovação aconteceu em Umuarama e Cianorte, onde foram feitas audiências públicas promovidas pelo governo estadual para ouvir as demandas das regiões que serão beneficiadas com a duplicação dos 220 quilômetros da rodovia. Os encontros permitiram esclarecer dúvidas sobre o projeto e, também, que a população apresentasse sugestões ao programa, que será feito em Parceria Público-Privada (PPP). 

“Com essa parceria, a PR-323 será transformada em um grande e moderno corredor rodoviário, beneficiando 14 municípios da região. Por isso, foi importante ouvir as necessidades da população para melhorarmos ainda mais o programa de duplicação”, disse o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho.

Serão construídos 207 quilômetros de novas pistas na rodovia, completando a duplicação entre Paiçandu e Francisco Alves. Ao longo da duplicação haverá 19 viadutos, 22 trincheiras, 13 passarelas e nove pontes, além de marginais e ciclovias nas áreas urbanas, dentro de padrões internacionais.

Na primeira etapa do programa serão duplicados 162,5 quilômetros, saindo de Paiçandu até o entroncamento da PR 486, em Perobal. Na segunda etapa começará a duplicação dos outros 44,3 quilômetros, entre Perobal e Francisco Alves.

Para o prefeito de Umuarama, Moacir Silva, a iniciativa do Governo do Paraná de realizar uma audiência pública é muito importante. “A população de Umuarama está muito satisfeita, já que é a primeira vez que a população tem a chance de opinar e de tirar dúvidas sobre um projeto. A duplicação é uma conquista para todos nós”.

O presidente da Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Umuarama (Aciu), José Celso Zolim, disse que a duplicação é esperada há muito tempo. “Esperamos que a obra saia do papel o quanto antes para que a população tenha mais segurança e conforto ao usar essa nova rodovia”.

A transparência e objetividade no programa da PR 323são os diferenciais para o prefeito de Nova Olímpia e presidente da Associação dos Municípios da Região de Entre-Rios (Amerios), Luiz Sorvos. “Essa obra é uma necessidade para toda a população. O ponto principal de todo esse programa estadual é transparência e o acesso ao processo”, disse.

O prefeito de Cianorte, Claudemir Romero Bongiorno, explica que a duplicação vai agilizar o escoamento de produtos. “Cianorte é uma dos maiores produtores de soja do Brasil. A duplicação vai agilizar o transporte dos produtos, além de diminuir os acidentes. A audiência é importante para a população entender como todo o processo é complexo e que não gira só em torno da tarifa”.

Para o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Cianorte, José Claudiney Rocco, o projeto da duplicação dos 220 quilômetros está bem elaborado. “Nós sugerimos algumas obras a mais, próximas ao nosso município, para complementar esse belo projeto. Estamos felizes com essa grande obra”.

O investimento previsto para todo o programa de duplicação é de R$ 7,7 bilhões, ao longo de 30 anos, com recursos do Estado e da iniciativa privada. Deste total, R$ 3,6 bilhões serão em investimentos em novas obras de manutenção e conservação e em serviços ao usuário.

PRAÇAS – O valor previsto da tarifa é de R$ 4,50 para veículos leves, mesmo preço para cada eixo de caminhões. A cobrança só será feita depois da entrega de cada trecho de duplicação, com a construção de viadutos, trincheiras, pontes e passarelas.

Para evitar cobranças injustas, o Estado definiu que as quatro praças ficarão fora de áreas densamente povoadas. O governo vai instalar contadores de tráfego, que permitirão aos paranaenses saber quantos veículos transitam e pagam a tarifa. Assim, quando o movimento superar uma banda de tráfego definida em contrato, todo o recurso a mais será revertido ao programa em forma de mais obras, redução de tarifas ou na participação financeira do Estado.

“O valor da tarifa será o mais baixo registrado no Paraná, mas ele ainda não está definido. Como ainda não abrimos licitação e como o Governo terá total interferência no programa, esse valor poderá ser alterado, assim como o número de obras também pode aumentar”, explicou Richa Filho.

No programa, os usuários também vão contar com serviços de guincho 24 horas, atendimento de primeiros-socorros em, no máximo, 15 minutos, além de pontos de apoio aos motoristas, entre outros benefícios. Estas medidas vão trazer segurança e reduzir o número de acidentes. Com isto, serão preservadas vidas e o Estado não gastará, ao longo dos próximos 30 anos, cerca R$ 3,1 bilhões com atendimentos médicos e hospitalares.

LICITAÇÃO – Uma concorrência vai escolher a empresa que vai fazer a duplicação. Além das obras, a vencedora da licitação será sócia do Estado e vai ter que operar e administrar a rodovia, prestando serviços de atendimento aos usuários. O valor da rentabilidade foi definido dentro dos parâmetros adotados pelo governo federal – Taxa Interna de Retorno (TIR) de 8,1%. Este percentual é menos da metade do cobrado no atual Anel de Integração.

Todo o processo da parceria público-privada está sendo feito com transparência. A população pode opinar e sugerir melhorias ao programa até 18de dezembro. Na consulta pública on-line (www.sepl.pr.gov.br) estão as minutas de contrato, o detalhamentos das obras e outros documentos que possam esclarecer a população.

Fonte: DER-PR