Somente com um dos dois lotes da maior obra da gestão de José Orcírio dos Santos (PT), a pavimentação de 227 quilômetros da
Rodovia Sul Fronteira, o Governo corre o risco de perder a oportunidade de economizar R$ 15,7 milhões. A Elma Engenharia,
empresa da Capital, recorreu ao Poder Judiciário para tentar ser incluída novamente na licitação, já que a sua proposta é 30%
inferior ao valor previsto, de R$ 54.587.163,28.
Na segunda-feira, a Coordenadoria de Licitações da Secretaria Estadual de Habitação e Infra-Estrutura abriu as propostas técnicas
e declarou vencedora a empreiteira ARG Ltda. cuja proposta teve redução de 1,2%, no valor de R$ 53,8 milhões.
Este valor é 41% superior à proposta da Elma, que se dispôs a pavimentar parte da rodovia por R$ 38,1 milhões. No pedido para
suspender novamente a licitação, o advogado Paulo Tadeu Haendchen alerta para o risco de o poder público sair perdendo com a
pavimentação das rodovias entre Sanga Puitã, em Ponta Porã, e Sete Quedas, passando por Coronel Sapucaia, Paranhos e Aral Moreira.

O pedido de liminar foi feito ao presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Claudionor Miguel Abss Duarte, que concedeu liminar dando continuidade ao certame. Juntando os dois lotes, a obra está orçada em R$ 97 milhões e a maior parte do dinheiro, US$ 28 milhões, é financiamento obtido junto ao Fonplata.
Economia
Caso o magistrado acate o pedido de liminar e determine a inclusão da Elma na licitação, que poderá ser declarada vencedora com
o valor 30% menor do que o orçado, o Governo obterá economia de R$ 15,7 milhões. Com este dinheiro, o Estado poderia, por exemplo, garantir a manutenção do Hospital Regional Rosa Pedrossian, com 350 leitos, por quatro meses.