Operação Temática nas rodovias BR-116 e BR-280 flagrou 62 caminhoneiros em excesso de jornada e 244 toneladas de excesso de peso em 886 veículos de carga
O excesso de jornada de trabalho de caminhoneiros e o excesso de peso em caminhões e carretas foram os maiores irregularidades flagradas pelos 33 policiais rodoviários federais e dois policiais militares rodoviários do Paraná na Operação Temática OTEPED, na semana passada, nas rodovias BR-116 e BR-280, em Santa Catarina.
De acordo com a Corporação, o objetivo principal foi o de cumprir a legislação de pesos e dimensões e reduzir os sinistros (acidentes) com veículos de carga na região do Planalto Norte catarinense. Além de Mafra (SC), a ação aconteceu em Rio Negrinho na BR-280 e Santa Cecília na BR-116.
Segundo a PRF, nos sete dias de fiscalização, os policiais abordaram 886 veículos de carga, entre caminhões e carretas, que resultaram em 244.294 quilos de excesso de carga.
Ainda de acordo com a Corporação, a sobrecarga compromete o sistema de freios e a suspensão dos veículos, trazendo risco ao motorista, e ainda danifica a camada asfáltica das rodovias.
Excesso de jornada
Além disso, um outro problema grave que os caminhoneiros têm enfrentado é com relação à jornada de trabalho. Durante a fiscalização, os policiais descobriram que 62 motoristas não estavam cumprindo o descanso obrigatório de, no mínimo, 11 horas por dia. Diante disso, todos eles seguiram viagem somente após descansar algumas horas.
Segundo a PRF, sinistros envolvendo caminhões e carretas tem maiores consequências devido ao grande porte do veículo e de características específicas, como derramamento de carga. Em 2023, nas rodovias federais de Santa Catarina, foram registrados 1.813 sinistros envolvendo veículos de carga, cerca de 24% do total de ocorrências.
De acordo com o coordenador do SOS Estradas, Rodolfo Rizzotto, essa tipo de fiscalização é importante. “É fundamental identificar quais as empresas que obrigam os motoristas a andarem nessas condições. Com excesso de peso e jornada. Ao mesmo tempo, verificar a responsabilidade dos donos das cargas. Frequentemente são multinacionais e empresas de grande porte. Não basta punir os motoristas.”