Com a demora na reinstalação das passarelas da rodovia Rio-Santos – uma no bairro Sapinhatuba I, e uma nova em frente a UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) da Japuíba, em Angra dos Reis -, uma reunião foi realizada nessa semana em Brasília com os representantes do DNIT (Departamento Nacional de Infra-Estrutura e Transportes).

Estiveram presentes o deputado Federal Fernando Jordão (PMDB), Roger Pêgas, Diretor de Infraestrutura Rodoviária do Dnit e Delmo Pinho, subsecretário de Transporte do Estado do Rio de Janeiro. No encontro também foram debatidos temas como a fixação de novo limite de velocidade nos trechos controlados pelos pardais, bem como a duplicação da Rio-Santos.

Na primeira parte da reunião foi discutida questão das passarelas em Angra. A situação encontrada na Sapinhatuba I – onde uma passarela foi destruída pelas chuvas de janeiro de 2010 – foi descrita pelo deputado que cobrou do Dnit uma posição rápida. O diretor

Roger informou que a recuperação de tal equipamento faz parte do projeto macro de duplicação da Rio-Santos, mas que ele tomaria as medidas cabíveis para que tal procedimento pudesse ser feito rapidamente, sendo retirado desse grande planejamento e realizado com recursos destinados a manutenção, visto que a passarela já existia e apenas havia sido danificada pelas chuvas de 2010.

– Não há porque não recolocar a passarela. Infelizmente, essa reinstalação estava dentro de um macro projeto, que ainda não tem data para ser efetivado. Mas essa questão será tratada de forma separada e a solução acontecerá mais rapidamente -explicou Roger.

Fernando, então, aproveitou para cobrar a instalação de uma passarela na Japuíba, em frente à UPA, reclamação antiga dos moradores.

– A situação naquela área já era preocupante, mas com a construção do Condomínio Popular e da UPA ela ficou insustentável. O risco da travessia é enorme e a colocação de faixas de pedestres só aumenta o perigo, visto que os motoristas de uma rodovia federal não estão atentos a um ponto de travessia. A passarela seria a alternativa ideal – enfatizou o deputado.

Com relação a esse tema, o Dnit informou que novamente que há um projeto amplo de duplicação da rodovia, que previa a instalação de passarelas e outros equipamentos, mas que, diante da urgência na solução do problema, irá estudar a questão de forma diferenciada.

Demais problemas

Outro ponto abordado no encontro foi a instalação de “pardais” ao longo da rodovia, no trecho que corta Angra dos Reis, determinando uma velocidade de 40 km por hora. O deputado reconheceu a necessidade de zelar pelos pedestres que precisam cruzar a rodovia ou andar em seus acostamentos, principalmente no trecho urbano. No entanto, ele ressaltou que é preciso que se garanta segurança aos motoristas, que são surpreendidos, não só pelo equipamento em si, mas pela determinação de um limite de velocidade muito reduzido, 40km/h.

– O que vem acontecendo é um aumento no número de acidentes. O motorista se surpreende com o limite baixo de velocidade, freia bruscamente e os acidentes acontecem. Um risco para motoristas e pedestres. Isso sem contar com a quantidade de multas aplicadas, que prejudicam moradores e visitantes de Angra – destacou Jordão.

Os problemas existentes nos trechos de acesso aos bairros em torno da Rio-Santos também foram abordados no encontro. As situações mais preocupantes são as dos trevos do Belém e da Banqueta. Para o Dnit, a solução também estava prevista na duplicação da Rio-Santos. No entanto, Roger afirmou que uma equipe do órgão irá ao local para verificar a questão em apresentar uma solução mais rápida

A duplicação da Rio-Santos, no trecho da Costa Verde, também fez parte da pauta. Delmo Pinho apresentou ao Dnit um estudo feito pelo governo do Estado do Rio sobre essa obra.

– A duplicação da Rio-Santos é uma obra com custo estimado em R$ 7 bilhões. O que estamos oferecendo é uma alternativa, mais viável, e que resolveria o problema de tráfego da região. Propomos a duplicação nos gargalos. Além de, recapeamento da rodovia e a construção de acostamentos em toda a extensão. Queremos trabalhar em conjunto com o Dnit na solução dos problemas encontrados em nosso Estado – explicou o subsecretário.

Para documentar essas reivindicações, o deputado Fernando Jordão entregou ao Dnit um ofício.

– A Rio-Santos é importantíssima para o desenvolvimento dessa região. O turismo depende dela, por exemplo. Garantir o bom fluxo de veículos e a segurança dos motoristas e pedestres tem que ser prioridade – finalizou ele.