Embora as condições das rodovias brasileiras estejam melhorando, conforme indica pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), o número de acidente tem aumentado em todo o país. Segundo dados da Polícia Rodoviária Federal que foram disponibilizados no site do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit), as rodovias federais registraram em 2009 o maior número de mortes dos últimos 12 anos. Em média, 20 pessoas morreram por dia em rodovias da União no ano passado. Durante todo o ano, foram 7.383 óbitos. A média continua em alta em 2010. Até junho, 4.068 pessoas já morreram.
Para o diretor-geral do Dnit, Luiz Antônio Pagot, a imprudência continua sendo a principal causa de acidentes com mortes nas estradas, apesar de boa parte delas estar em boas condições. Pagot destaca ainda o sobrepeso dos veículos, principalmente por parte dos ônibus, que circulam com peso acima do permitido. O uso de álcool e drogas também é outro causador de acidentes, além das péssimas condições da frota de veículos, principalmente no caso dos veículos leves, que trafegam com sérios problemas relativos aos pneus caretas e freios sem manutenção adequada.
Para garantir a boa trafegabilidade das rodovias federais brasileiras e reduzir o número de acidentes, o Dnit atua não apenas na área de manutenção e implantação de novas vias como também na parte operacional por meio da instalação de equipamentos de controle de velocidade e de balanças para evitar o excesso de peso transportado por caminhões. Segundo Luiz Antonio Pagot, são 78 balanças em funcionamento e mais 144 que serão instaladas com a conclusão do processo de licitação. “Será um processo inibidor do excesso de peso, que deteriora as rodovias e é um risco à segurança das pessoas que trafegam nas rodovias”, analisa.
O diretor geral do Dnit acredita que até outubro deverá ser concluído o processo de licitação para a instalação dos equipamentos de controle de velocidade nas rodovias federais. “A licitação está em fase final. Estamos eliminando as ações jurídicas para assinarmos os contratos e iniciarmos a instalação dos equipamentos pelas rodovias de maior fluxo”, informa. Serão investidos R$ 804 milhões para implantação e operação dos equipamentos.
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