O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) começa a testar hoje radares de Leitura Automática de Placas (LAP) que serão instalados em mais de 120 pontos nos 100 quilômetros quadrados da nova área de restrição à circulação de caminhões em São Paulo.
Com os testes, a Secretaria Municipal de Transportes quer saber detalhes da eficiência dos aparelhos das empresas que participam da concorrência para flagrar veículos pesados.

Estes serão os primeiros equipamentos na capital destinados a coibir a invasão de caminhões no perímetro onde a carga e descarga será restrita. Oito empresas entraram na disputa para fornecer os equipamentos por um período de 48 meses.

O decreto, que amplia de 25 para 100 quilômetros quadrados a área de restrição para caminhões, deveria ter sido publicado na última sexta-feira.

No entanto, o governo municipal informa que o documento foi finalizado apenas na noite de quinta-feira.

O secretário municipal de Transportes, Alexandre de Moraes, disse que o documento será publicado no início desta semana, apesar da pressão dos representantes dos transportes de cargas por mais exceções no decreto – a prefeitura já excluiu da restrição as betoneiras e os caminhões de feira, lixo, gás e de mudança.

Novos radares

Paralelamente ao decreto, os novos radares fixos estavam planejados para ficar em 126 pontos quando a área de restrição tinha 25 km². Com a quadruplicação da área, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) já estuda ampliar o número de pontos onde os aparelhos vão se revezar.

A prioridade, segundo a Secretaria Municipal de Transportes, é colocar os radares nas vias que delimitam o perímetro e nas ruas com maiores índices de congestionamento. Depois dos testes do IPT, as empresas aprovadas devem apresentar uma proposta de contrato à CET. Os novos radares devem ser instalados nas ruas em três meses.

Além de fiscalizar os caminhões, os 60 radares serão multifuncionais: poderão registrar infrações de velocidade, cumprimento do rodízio por todos os veículos, invasão em faixas exclusivas de ônibus e veículos que estejam em situação irregular – como sem o pagamento do IPVA ou do licenciamento.