BRAÇOS CRUZADOS: Cerca de 600 trabalhadores da Fiat vão cruzar os braços, a partir desta quarta-feira (10), em regime de férias até o dia 22. O motivo? Falta de componentes na linha de produção. Fotos: Divulgação

De acordo com a Fiat, 10% da força de trabalho ficará paralisada; empresa interrompe produção na fábrica de Betim para ajustar oferta de componentes

A montadora Fiat Chrysler (FCA), em Betim, na região metropolitana, de Belo Horizonte (MG), decidiu dar férias, por um período de dez dias, aos trabalhadores do segundo turno de uma de suas três linhas de produção, a partir desta quarta-feira (10) até o dia 22. As unidades de Goiana (PE) e Campo Largo (PR) não serão afetadas.

De acordo com a montadora, a medida envolverá menos de 10% do efetivo da fábrica, o que representa em torno de 600 colaboradores da montadora do Stellantis, grupo automotivo franco-ítalo-americano multinacional formado a partir da união das montadoras Fiat Chrysler Automobiles e PSA Group.

Comunicado da Stellantis explica as medidas

“A fim de adaptar o ritmo de produção na planta de Betim às condições atuais de volume e regularidade de fornecimento de componentes, o Polo Automotivo Fiat, de Betim, MG, concederá férias por 10 dias aos trabalhadores do segundo turno de uma de suas três linhas de produção. A medida envolverá menos de 10% do efetivo da fábrica e terá início em 10 de março, com retorno ao trabalho previsto para 22 de março. Nenhuma outra planta do grupo está afetada pela medida. A empresa continuará em contato e em negociação com seus fornecedores para normalizar os fluxos de suprimentos.”

Metalúrgicos

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim e região, Alex Custodio, esclareceu que o órgão foi informado sobre as férias e que, durante negociação recente feita com a Stellantis, representantes do grupo automotivo disseram que a prioridade para eles é negociar fixação de turno lay-off, ou seja, a  suspensão temporária do contrato de trabalho, seja por falta de recursos financeiros ou por falta de atividade que ocupe toda a mão de obra da empresa. No entanto, essa medida não está prevista hoje no acordo coletivo firmados com os trabalhadores da fábrica.

PAUSA NA PRODUÇÃO: Fiat informou medida envolverá menos de 10% do efetivo da fábrica, cerca de 600 colaboradores. 

“Na nossa opinião, a prioridade é totalmente diferente. Queremos fazer um acordo coletivo que seja satisfatório para todos os trabalhadores, como aumento salarial, uma PLr digna, um abono satisfatório aos trabalhadores”, salientou Custodio ao ressaltar que, na próxima quarta-feira (10), uma nova reunião entre o sindicato e os representantes da empresa foi agendada. “Posteriormente, faremos uma live para anunciar o resultado do que foi discutido na reunião “, finalizou.

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