homicídio culposo: Motorista do micro-ônibus Volare que se envolveu em acidente na BR-116, em Minas, vai responder por cinco homicídio culposo, segundo o delegado Vignolo. Foto_O_Vigilante_Online2.webp

Delegado concluiu o inquérito e informou que o motorista irá responder por cinco homicídios culposo e diversas lesões corporais. Ele está em liberdade

O motorista que dirigia um micro-ônibus envolvido em um grave acidente (sinistro) no km 792 da BR-116, em Além Paraíba (MG), em 30 de janeiro deste ano, vai responder por homicídio culposo — quando não há intenção de matar — e por lesão corporal. O micro-ônibus Volare, da empresa LG Turismo, transportava jogadores do time de futebol Esporte Clube Vila Maria Helena, de Ubaporanga (MG) para Duque de Caxias (RJ), quando caiu em uma ribanceira. Cinco pessoas morreram na tragédia.

De acordo com o delegado Marcos Vignolo, que esteve à frente da investigação, a causa foi a perda do controle de direção do veículo. A apuração também descartou que ele corria. “Acreditamos que ele — o condutor — teve uma perda de consciência momentaneamente depois de uma parada pro lanche”, explicou o delegado.

Na época, o ônibus era ocupado por jogadores, com idades entre 14 anos e 18 anos, e comissão técnica do Esporte Clube Vila Maria Elena, de Duque de Caxias (RJ). Eles voltavam da Copa Nacional Ubaporanga.

Ainda segundo Vignolo, as condições climáticas eram boas no momento do acidente, bem como a da rodovia. “O veículo também estava bom e sem problema mecânico que pudesse ter sido responsável”, disse.

Conforme declaração do delegado, o motorista chegou a alegar que outro veículo fechou ele na estrada. “Não teve marca de drenagem na pista. Não acreditamos nessa versão”.

Após a finalização do inquérito, que durou 3 meses, o motorista irá responder por cinco homicídios culposo e diversas lesões corporais. Ele segue em liberdade.

Tacógrafo danificado

A Polícia Civil chegou a divulgar que a investigação seria finalizada após 10 dias do acidente. Contudo, conforme o delegado, o tacógrafo — dispositivo empregado em veículos para monitorar o tempo de uso, a distância percorrida e a velocidade que desenvolveu — ficou danificado.

O aparelho chegou a ser avaliado por um perito, que quando foi fazer a extração da velocidade não conseguiu. “Desde 5 de janeiro de 2023 o tacógrafo estava inoperante, pois o sistema de coleta de dados estava com um problema”, explicou Marcos Vignolo.

De acordo com o delegado, quem confere se o dispositivo está funcionando ou não é a própria empresa. “Eles não fizeram, configurando uma infração administrativa”, finalizou Vignolo.

Relembre o caso

Estradas conversou, na ocasião, com uma representante da LG Turismo, dona do micro-ônibus Volare, e foi informado que o total de pessoas que estava no veículo era 31 passageiros e o motorista.

Além das cinco mortes, 22 feridos foram encaminhados para o Hospital São Salvador, em Além Paraíba (MG), e outras cinco para a Casa de Caridade Leopoldinense, em Leopoldina (MG).

Ainda na ocasião, o Estradas conversou com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Minas Gerais que informou: “Em Além Paraíba/MG, km 792 da BR 116, um ônibus caiu de uma ponte. Confirmados 4 fatais e 28 vítimas de lesões. A pista ficou totalmente interditada de 3h30 às 6h30 quando foi totalmente liberada. Ocorrência ainda em atendimento“.

VEÍCULO ENVOLVIDO: Micro-ônibus envolvido no sinistro na BR-116 (foto) transportava 32 pessoas, segundo a Dayana Vieira, da LG Turismo. Foto: Divulgação/LG Turismo