Melhorias incluem 123,4 km de rodovias, incluindo trechos da MG-010, MG-424 e LMG-800
Melhorar a mobilidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) e fortalecer a infraestrutura rodoviária. Esses são os objetivos do Governo de Minas, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-MG), ao anunciar a concessão do Lote Rodoviário Vetor Norte.
Segundo o DER, o projeto está sendo apresentado a prefeitos e deputados nesta terça-feira (12). A consulta pública será aberta quarta-feira (13) e estará disponível no site da Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra).
Conforme consta no projeto, o Vetor Norte abrange 123,4 quilômetros de rodovias, incluindo trechos das rodovias estaduais MG-010, MG-424 e LMG-800, e passa por 13 municípios: Belo Horizonte, Lagoa Santa, Prudente de Morais, Capim Branco, Matozinhos, Pedro Leopoldo, Confins, São José da Lapa, Santana do Riacho, Jaboticatubas, Vespasiano, Santa Luzia e Sete Lagoas.
Leilão
A expectativa é que o edital seja publicado no primeiro trimestre de 2025, com leilão programado para o segundo trimestre do mesmo ano. O contrato estabelece cerca de R$ 3 bilhões em investimentos ao longo de 30 anos e de R$ 1,3 bilhão em serviços aos usuários, como atendimento médico de emergência e guincho.
“A Região Metropolitana é o terceiro maior aglomerado urbano do país, e nosso tempo, um bem precioso, tem sido perdido no trânsito. A concessão visa trazer mais fluidez e velocidade, reduzindo o tempo de deslocamento entre os municípios do Vetor Norte. O Governo de Minas tem avançado muito com a complementaridade entre os investimentos públicos feitos pelo DER e os investimentos privados por meio de concessões, disse o secretário de Estado de Infraestrutura, Pedro Bruno.
Serviços e investimentos
Conforme consta no projeto, há previsão de construção de três contornos viários em Lagoa Santa, Prudente de Morais e Matozinhos, que somam mais de 31 quilômetros de novas rodovias, com pistas duplicadas.
Esses contornos são aguardados há anos e são intervenções necessárias para desviar o tráfego pesado das áreas urbanas, assegurar a fluidez do tráfego e reduzir o tempo de viagem, além de melhorar a mobilidade urbana da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).
Após a implantação desses contornos, estima-se uma redução de mais de 27 minutos no deslocamento entre BH e Sete Lagoas (MG), o que representa economia de nove dias utilizados no trânsito. Para a Serra do Cipó, destino turístico da região, a economia estimada é de 21 minutos no trajeto.
Obras de ampliação
Ainda de acordo com o projeto, estão programadas importantes obras de ampliação de capacidade, como a implantação de 34,29 quilômetros de duplicações, faixas adicionais e terceiras faixas, além da construção de 105,8 quilômetros de acostamentos e a readequação de 9,8 quilômetros de vias marginais. Essas intervenções irão aumentar a capacidade viária das rodovias, que atualmente possuem 45% de pistas simples.
A concessão também prevê melhorias, como recapeamento, eliminação de trincas, renovação da sinalização, substituição de placas, recuperação do asfalto e manutenção contínua da malha viária.
O trecho contará com pórticos de pedágio sem cancela, no modelo free flow. O sistema de cobrança em livre passagem elimina a necessidade de paradas para pagamento de tarifas, proporcionando mais segurança e agilidade ao tráfego. O primeiro pórtico do estado, instalado na MG-459, entre Monte Sião e Ouro Fino, no Sul de Minas, registra inadimplência abaixo de 3%, a menor taxa dos pedágios sem cancela do país.
Além disso, para aumentar a fluidez e a segurança de motoristas e pedestres, o projeto também inclui a construção de novos viadutos, passarelas e pontos de ônibus. Com as intervenções, espera-se evitar mais de 2,5 mil acidentes nos próximos dez anos.
A concessão também terá um impacto na geração de empregos e renda. Estima-se a criação de mais de 24 mil empregos diretos e indiretos, dinamizando o mercado de trabalho local, além de promover importantes efeitos fiscais para os municípios, com a estimativa de arrecadação do Imposto Sobre Serviços (ISS) em torno de R$ 600 milhões.
Com informações da Ascom do DER-MG