Serviços foram realizados pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT)
Finalizados os serviços de construção da nova ponte sobre o Rio Caí na BR-116/RS, que havia sido destruída nas chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul, de maio deste ano. A Obra de Arte Especial (OAE) foi liberada ao tráfego nesse sábado (21).
De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), a obra – concluída antes do prazo previsto – é uma importante rota turística e de acesso diário para moradores da região. Os serviços integram uma série de trabalhos voltados para a mobilidade, segurança dos cidadãos e o desenvolvimento do estado gaúcho.
Com o investimento de R$31 milhões, a nova ponte sobre o rio Caí possui uma estrutura mais robusta, com 1,5m a mais de altura, 13m de largura e 180m de extensão. Além de ser essencial para o deslocamento diário dos moradores, a ponte dá acesso a alguns dos pontos turísticos mais movimentados da região, que geram emprego e renda para a população, como a região serrana, conhecida como Rota Romântica, composta por Gramado, Canela, Bento Gonçalves, Garibaldi, Nova Petrópolis e Caxias do Sul.
Construída há mais de 80 anos, a estrutura da ponte sobre o rio Caí foi comprometida durante o maior desastre natural que assolou o estado do Rio Grande do Sul, quando um de seus pilares cedeu, interrompendo o tráfego desde o dia 12 de maio de 2024.
A ponte, que liga as cidades de Nova Petrópolis (RS) e Caxias do Sul (RS), foi a primeira obra emergencial contratada e entregue desde a tragédia.
Durante a inauguração da ponte, o ministro dos Transportes, Renan Calheiros Filho, disse que esse é apenas o começo de uma série de entregas de obras no estado. “Eu estive aqui umas dez vezes, conversei com os moradores, conheci a região, e eu pude ver de perto um pouco dos desafios enfrentados, e vou voltar muitas vezes aqui representando o presidente Lula pra a gente reconstruir cada barreira que foi derrubada pelas chuvas“, declarou.
Compromisso
A cerimônia contou com a presença ilustre da dona Ilsi Goldbeck Boschetti, de 88 anos, que viveu ao longo de toda a sua vida na residência a poucos metros do local. Ela presenciou a construção da primeira ponte sobre o rio Caí, inaugurada por Getúlio Vargas, passou pela tragédia que causou a destruição, e agora é testemunha, conforme prometido pelo próprio ministro, da inauguração da nova ponte.
Para garantir a entrega em tempo recorde, foi necessário o empenho máximo dos trabalhadores do Dnit. De acordo com Mauro Roberto, engenheiro responsável pela obra, entre os funcionários havia pessoas que perderam suas casas e veículos. “Vimos a angústia da população, muitos moram de um lado da ponte e trabalham do outro, seus filhos moram aqui e estudam lá, e estavam desesperados quando a nossa equipe chegou para reconstruir“, relatou.
Para Moacir Menegotto, morador local com família instalada na região há mais de 100 anos, após a tragédia, o trabalho do Ministério dos Transportes, por meio do Dnit, foi uma grata surpresa e um alívio para a população afetada pelas enchentes. “Nós esperávamos ficar muito mais tempo sem acesso, mas a equipe esteve aqui prontamente abrindo corredores de emergência e depois trabalhou arduamente para nos entregar a nova estrutura da ponte sobre o rio Caí”, concluiu.