Ocorrência foi registrada nessa terça-feira (25), em Balneário Camboriú (SC); coletivo leva 44 alunos e três professoras; caminhoneiro ficou ferido. Alguns alunos tiveram lesões leves
Um acidente (sinistro) na BR-101, em Balneário Camboriú. (SC), na tarde de terça-feira (25), envolvendo um ônibus escolar, da prefeitura de Itapema (SC) e uma carreta, transportando um container, deixou feridos, de acordo com a Polícia Rodoviária federal (PRF).
Ainda de acordo com a PRF, a carreta colidiu contra a traseira do ônibus, que levava 47 pessoas, sendo 44 alunos e três professoras, da cidade de Itapema, no litoral norte de Santa Catarina, para um passeio num zoológico da cidade.
Segundo a PRF, três alunos tiveram ferimentos leves e não precisaram ser encaminhados ao hospital. Um dos feridos, o caminhoneiro, foi levado ao Hospital Ruth Cardoso, com lesões moderada.
Túnel fechado
De acordo com a concessionária responsável pela rodovia, a entrada do túnel no km 141,1, em Balneário Camboriú, havia sido fechada após o sinistro. Trata-se de um procedimento padrão de segurança para evitar a formação de fila no interior do túnel, devido aos gases emitidos pelos veículos. A via foi liberada por volta das 17h15.
Em nota, a prefeitura de Itapema (SC) informou que o ônibus, que transportava estudantes da Escola Maria Linhares de Souza, estava a caminho do Zoológico em Balneário Camboriú.
“Enfatizamos que a lotação estava de acordo com o permitido para o veículo, sendo 42 alunos, monitoras e o motorista, e que todos utilizavam cinto de segurança. Uma equipe da Secretaria de Educação segue em Balneário Camboriú acompanhando os atendimentos.”
Mãe de aluno contesta versão da prefeitura
Segundo a mãe de um aluno, em entrevista ao jornal Folha do Estado, a versão da prefeitura não retrata a realidade no momento do sinistro.
Segundo a mãe, a Prefeitura de Itapema teria “faltado com a verdade” sobre lotação e condições de segurança do transporte de crianças para Zoológico de Camboriú?
Ela conta como tudo aconteceu e como tomou conhecimento do acidente em que seu filho, 9 anos, narrou uma nova versão, bem diferente da contada pela prefeitura de Itapema, segundo o Aluno, quando tudo aconteceu estava no interior do ônibus que conduzia 44 alunos e 3 professores do quarto ano, sala 05, do Marinha Linhares para um evento de educação ambiental em Camboriú.
Segundo meu filho (aluno), “o ônibus parou devido a um congestionamento na BR, estava sentado em uma das poltronas percebeu um tranco muito forte seguido de um barulho que passou a empurrar o ônibus para frente. Com o tranco automaticamente estiquei meus os braços para frente para apoiar no banco da frente o que machucou com o choque. Todas essas informações são verídicas e meu filho não iria mentir, e tem outros que podem falar sobre a lotação e as condições de segurança do transporte escolar.”
Num áudio, o aluno relata: “estávamos em 44 colegas, tive a sorte de não machucar gravemente, estava sem cinto, apenas bati forte o joelho que ficou inchado e roxo, devido ao esforço feito com os braços esticados contra o banco da frente, hoje estou ainda dolorido, manifestou. Foi uma visão de terror, desespero e de pânico ver os colegas sangrando em desespero, maioria estava sem cinto, reafirma, na minha poltrona não havia cinto para colocar, depois desta pediu pra mãe que não quer participar destes deslocamentos”, confidenciou.
Após o acidente, disse que chegaram o atendimento de primeiro socorro e três coleguinhas precisaram ser transferidos para o hospital Ruth Cardoso.
Outra mãe destacou em uma rede social; “Minha filha estuda no Olegário e todos os dias ela vem com o ônibus da prefeitura e vem superlotado e não existe nenhum cinto de segurança. Esses dias o motorista de uma freada, os alunos que estavam de pé quase foram para o chão. quero saber até quando isso vai continuar, até acontecer um acidente? Nilza Simas, por favor tome alguma providência, o susto dos alunos da escola Marinha Linhares serve de alerta.”
A pedido da declarante foi preservado o seu direito de abreviar suas iniciais e o da criança para evitar retaliações e que ela e o aluno está a disposição das autoridades para maiores esclarecimentos.
O Estradas tentou contato com a Prefeitura Municipal de Itapema para obter esclarecimentos a respeito das declarações de algumas mães. Até a publicação desta matéria, não recebeu resposta.
Com informações do jornal Folha do Estado
