Nos próximos dias, o penúltimo rotor da Usina Hidrelétrica Teles Pires, em Paranaíta, passará pela BR-163. O equipamento, que pesa 280 toneladas, chegou ao Trevo do Lagarto, em Cuiabá, neste domingo (01/02), e seguirá pelo trecho de concessão da Rota do Oeste, até o município de Sinop, rumo ao extremo norte do Estado. O trajeto de 486 quilômetros dura em média 11 dias para ser concluído, caso não ocorram imprevistos. Nesta segunda-feira (02), a previsão era que o carregamento cheguasse até o km 490 da BR-364 (409 da BR-163), na região de Jangada.

Para dar mais segurança aos usuários que trafegam pela rodovia e garantir a organização do fluxo nos momentos de parada do veículo especial, a Rota do Oeste realiza uma operação para acompanhar diariamente o deslocamento da peça, disponibilizando um carro que escolta a passagem do por todo o trecho de concessão. Ele é equipado com um sistema de rastreamento via GPS, que envia informações em tempo real para acompanhamento remoto no Centro de Controle Operacional (CCO). Diariamente são realizados relatórios sobre o trajeto ao longo do trecho, além do caminho percorrido durante o dia.

“Vamos realizar um monitoramento integral, auxiliando na sinalização e repassando informações ao usuário da rodovia em casos de necessidade. Além disso, a Rota do Oeste emitirá boletins diários sobre o status do deslocamento no trecho concedido”, comentou o gerente de Tráfego da empresa, Fernando Milléo.

Esta é a segunda vez que este trabalho é realizado com o apoio do CCO, que iniciou suas atividades em 20 de setembro. O último equipamento acompanhado pela Concessionária passou pela rodovia no fim do ano passado, e levou oito dias para concluir todo o trajeto pelo trecho sob responsabilidade da Rota do Oeste.

Longo Trajeto

O rotor, chamado de Francis, é o maior já produzido para usinas hidrelétricas da América Latina, ultrapassando as dimensões de Tucuruí e Itaipu. Para chegar à usina ele sai de Taubaté, no interior de São Paulo, e passa pelo porto de Santos, seguindo por mar até o porto de Montevidéu, no Uruguai, para depois embarcar em uma balsa pela Hidrovia Paraguai-Paraná até Cáceres, a 220 km a oeste da capital. Na sequência, ele segue por terra, começando pela BR-070 e depois pela BR-163. Mais um rotor está previsto para chegar à usina, que é composta por cinco equipamentos iguais a este.

Ao todo, de Cáceres, onde foi desembarcado, a Paranaíta, o transporte poderá levar até 30 dias. Pela grandiosidade da carga, um veículo especial é necessário para executar o deslocamento do rotor, que tem oito metros de diâmetro e cinco de altura. Pelo tamanho da peça, é necessária a ocupação de toda a via para locomoção.

Por conta disso, uma operação especial é realizada pela empresa Alstom, fabricante da peça, juntamente com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Rota do Oeste. Assim que assumiu a concessão da BR-163, a Concessionária elaborou um planejamento minucioso ao lado da PRF para viabilizar o transporte da carga. Além disso, foi realizada uma análise técnica das pontes, viadutos e outras estruturas no trajeto, garantindo a passagem com segurança nestes locais.

O equipamento trafega pela BR-163 durante duas horas, em uma média de 15 quilômetros por hora. Neste período, a rodovia é interrompida nos dois sentidos. Após isso, o tráfego é liberado durante uma hora para aliviar o represamento de veículos. A média de deslocamento da carga, em casos onde não há ocorrências, é de 50 quilômetros por dia, sempre trafegando entre 8h e 17h.

Fonte: Rota do Oeste