O pessoense está aprendendo a atravessar e a respeitar a faixa de pedestre. A conclusão de uma pesquisa realizada pela Superintendência de Transportes e Trânsito de João Pessoa (STTrans) na última semana mostra que 72% dos ônibus param na faixa, 51% das motos respeitam e aproximadamente 65% dos pedestres procuram a faixa, onde ela existe, para fazer a travessia.

“Acredito que demos um grande salto. Pois passamos de uma condição onde as pessoas ignoravam a faixa e ela era somente uma pintura no chão para uma outra hoje em que vemos que os veículos já estão parando e o pedestre construindo uma autonomia”, afirmou a coordenadora de Educação no Trânsito da STTrans, Erenilda Queiroz.

A avaliação de Erenilda para os 12 meses de atuação do programa “Respeite a faixa de pedestre. Faça a sua parte” comemorado ontem é positiva, uma vez que “já existe uma identificação tanto dos condutores quanto dos pedestres”. Desde o início do programa, as equipes estão diariamente em algum ponto da cidade. “Percebemos que onde a gente atua as pessoas passam a perceber e a respeitar mais a faixa. O próprio pedestre se sente fortalecido com a ação”, acrescentou ela.

Uma série de atividades educativas marcou a data ontem em vários pontos da cidade. Além da adesivagem de carros, panfletagem e atividades práticas de travessia, música e bonecos despertaram a atenção dos que passavam. Alunos da escola municipal Professor Dumerval Mendes, do bairro do Rangel, estiveram nas proximidades da Praça João Pessoa, orientando os pedestres e entregando material informativo. Entre eles, Vítor Hugo Carvalho, de 9 anos, que se sentia orgulhoso por participar. “Acho importante mostrar para as pessoas que atravessar na faixa é uma forma de preservar a vida e evitar acidentes”.

O programa de travessia na faixa é permanente, sendo estendido recentemente para as escolas municipais A Secretaria de Educação Municipal está capacitando mais de 150 educadores para atuar de forma sistemática e continuada na educação para o trânsito com os alunos. “Estão com um bonito trabalho, que vem a somar com as intervenções que estamos fazendo. Dentro de uma perspectiva de regras de convivência mostrando que nossa postura no trânsito reflete nossos valores, de como é nossa convivência com o outro”, completou Erenilda.