As rodovias brasileiras tiveram uma relativa melhoria de qualidade entre 2009 e 2010, segundo a Pesquisa Rodoviária da Confederação Nacional do Transporte (CNT), divulgada na noite de ontem. O levantamento, que inclui rodovias federais e estaduais, mostrou que a malha paulista continua sendo a melhor do País. Segundo a pesquisa, 14,7% das estradas brasileiras podem ser classificadas como “ótimas” e 26,5% como “boas”. No ano passado, a pesquisa apontava que o País tinha 13,5% de suas rodovias em ótimo estado e 17,5% em boas condições.
Mas nem todas as notícias são positivas. Ainda que em menor intensidade, a pesquisa também apurou um crescimento das avaliações negativas das estradas. De 2009 para 2010 o porcentual de vias “ruins” passou de 16,9% para 17,4%, enquanto as pistas classificadas como “péssimas” tiveram um aumento de 7,1% para 8% do total. A grande diferença, que explica o aumento proporcionalmente maior das avaliações positivas, está na nota “regular”, que diminuiu de 45% em 2009 para 33,4% neste ano.
Segundo a área técnica da CNT, no balanço geral é possível dizer que há mais rodovias melhorando do que piorando. Mas, se por um lado há rodovias sendo recuperadas – o que explica o avanço das boas notas -, por outro há pistas que não estão sendo consertadas. Quando observados os dados por unidade da federação, a pesquisa mostra que São Paulo continua tendo as melhores estradas do país. Segundo a CNT, 61,7% das rodovias paulistas podem se classificadas como “ótimas”. Em segundo lugar aparece o Rio Grande do Sul, onde 28,6% das vias mereceram a nota máxima.
Do outro lado da tabela estão as rodovias da região Norte, as mais mal conservadas do país. O índice médio de “péssimo” nas estradas da região é de 22%. Roraima é o Estado que apresenta a situação mais complicada, com 48,8% de sua malha viária avaliada como péssima. A pesquisa da CNT abrangeu 90.945 quilômetros e foi feita por 15 equipes entre os dias 3 de maio e 8 de junho.
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