Foto: Aderlei de Souza

Diretoria Executiva aprovou, nessa segunda-feira (25), alteração na periodicidade de reajuste nos preços; mesmo com o cartão, caminhoneiros estão preocupados

Novidade para quem usa o diesel como combustível. Os preços do produto nas refinarias da Petrobras, que correspondem a cerca de 54% dos preços ao consumidor final, serão reajustados por períodos não inferiores a 15 dias.

De acordo com a empresa, os mecanismos de proteção, como o hedge com o emprego de derivativos, cujo objetivo é preservar a rentabilidade de suas operações de refino, continuarão a ser os mesmos.

Além disso, será mantida a observância de preços de paridade internacional (PPI), que faz com que a Petrobras se abstenha de práticas que poderiam caracterizar o exercício de poder de monopólio, já que possui 98% da capacidade de refino do Brasil.

Sobre este aspecto, vale notar que pesquisa abrangendo 163 países – vide Globalpetrolprices.com – revela que o preço do diesel ao consumidor final no Brasil é 18% inferior à média global e ocupa a 57ª posição, sendo, portanto, inferior aos preços observados em 106 países.

A empresa informou ainda que ficam mantidos os princípios que balizam a prática de preços competitivos, como preço de paridade internacional (PPI), margens para remuneração dos riscos inerentes à operação e nível de participação no mercado.

Cartão Caminhoneiro

A subsidiária Petrobras Distribuidora S.A. (BR) está desenvolvendo, para implantação num período estimado em 90 dias, cartão de pagamentos que viabilizará a compra por caminhoneiros de litros de diesel a preço fixo nos postos com a bandeira BR (Cartão Caminhoneiro). O Cartão Caminhoneiro servirá como uma opção de proteção da volatilidade de preços, garantindo assim a estabilidade durante a realização de viagens.

O caminhoneiro Cícero da Silva está preocupado com mais um aumento anunciado pela Petrobras. “Eu sou empregado, mas mesmo assim esse aumento acaba atingindo os motoristas que têm, carteira assinada”, explica.

Segundo Silva, essa alteração na política de preços da Petrobras vai gerar mais confusão entre a classe. “O preço do frete já está defasado, agora, com esse aumento os donos das transportadoras vão impor mudanças na relação com seus empregados e agregados”, disse.