ADULTERAÇÃO: Placa da moto utilizada, praticamente idêntica à essa da foto, estava adulterada para não ser flagrada em radar. Foto: Divulgação/Ilustrativa

Durante uma operação realizada na BR-364, altura do km 68, a Polícia deu ordem de parada para uma motocicleta I/BMW R1200 GS, cor prata, que estava com a placa visivelmente adulterada, modificando as letras com a ajuda de fita adesiva preta.

Os militares pediram para que o autor colocasse as mãos na cabeça e, após questionamento, encontraram um revólver de calibre 38 no bolso de sua jaqueta, 21 munições, cigarros e também pacotinhos de maconha.

O homem, de 41 anos, que estava indo visitar o pai na cidade de Belo Horizonte (MG), afirmou que era Policial Rodoviário Federal, mas no momento não portava o documento de identificação. Pela localização ruim, não foi possível encontrar um sinal telefônico para realizar a constatação das informações no local.

No entanto, ao chegarem no posto, foi confirmado que o indivíduo exercia a função de PRF na cidade de Campo Grande (MS). O autor confessou a adulteração de placas para evitar a penalização dos radares nas rodovias e alegou fazer uso contínuo de maconha para aliviar a situação difícil que está vivendo.

Diante de todos os fatos, o policial recebeu voz de prisão por adulteração de veículo automotor e também por uso e consumo de substâncias ilícitas, sendo conduzido à exames médicos e em seguida, à Delegacia de Frutal.

Confirmado pelo Estradas.com.br

Antes de publicar a matéria do Blog do Portari, o Estradas.com.br buscou a confirmação do fato, já que a notícia não aparecia em outros meios de comunicação. Infelizmente, a matéria procede.

Os policiais rodoviários federais, assim como outros profissionais da área de segurança pública, também estão sujeitos aos riscos da dependência química. Sem justificar o caso específico, a atividade policial tem impactos ainda mais fortes no indivíduo que, no caso dos policiais rodoviários, ainda lidam com situações dramáticas das vítimas da violência no trânsito. É preciso apoio psicológico para esses profissionais e também controles do uso de drogas.

Para ingressar na PRF é necessário passar pelo exame toxicológico de larga janela, assim como ocorre com os motoristas das categorias C, D e E, que conduzem basicamente caminhões, ônibus e carretas. Portanto, ingressam na corporação sem o hábito do uso de drogas.

Nesse sentido, o Estradas.com.br defende que os policiais sejam submetidos a exames toxicológicos de larga janela randômicos. Como este exame permite identificar o uso regular de drogas nos últimos 90 dias, ele estimula o policial a não fazer uso de substâncias psicoativas. Assim, como buscar tratamento o quanto antes, no caso de dependência.

Fonte: Blog Rodrigo Portari – reportagem de Tahine Netto

26 COMENTÁRIOS

  1. Ainda aparecem políticos, artistas, universitários, intelectuais, e outros alienados, querendo “descriminalizar” as drogas. O uso por parte de Policiais é mínimo más, no caso da maioria destes outros libertinos “avançados, principalmente ligados a esquerda comunista, em especial nas “faculdades e universidades”, sei não.

    • Na realidade, atualmente as autoridades não revelam a identidade dos envolvidos. Ao menos tem sido o procedimento na maioria dos casos. Inclusive, os veículos de comunicação muitas vezes são acionados na Justiça por ter informado o nome dos envolvidos revelados pelas autoridades. Quando o crime prescreve ou a pessoa é inocentada, os advogados ameaçam ações na Justiça. Portanto, não se trata de corporativismo e sim de precauções legais e falta de informação da autoridade, em função de mudanças na legislação vigente.

  2. Parabéns a excelente reportagem que com uma visão ampla do contexto soube transmitir a realidade, inclusive dando exemplo da atuação Policial Rodoviária Federal daquilo que eles passam no dia a dia, além da atuação imparcial dos militares que acredito que sejam eles (Policiais Militares) que atuam na linha de frente no dia a dia … infelizmente na sociedade existe inumeros Viciados em todos os segmentos da sociedade e diferente do mímimi dos que pregam moral de CUECAS, sei que a Polícia Militar que abordou fez seu trabalho, bem como este ser humano errado (independente de tipo Profissão) irá pagar pelos seus atos!

  3. É função da PRF fiscalizar veículos e documentação de veículos e condutores sob uso de substâncias psicoativas , entre outras .
    Um patrulheiro que prática os “crimes” que julga e pune , está se colocando acima da LEI .
    HÁ DE SER PUNIDO COM O MAIOR RIGOR DA LEI !

  4. Eu fico imaginando quando esse PRF está em serviço o que ele deve usar pra amenizar a pressão do serviço e por isso que existe abuso de autoridade por esses policiais,eu fui parado em uma blitz vindo da região dos lagos próximo a ponte rio Niterói o PRF me orientou a parar em cima da faixa de sinalização pediu-me os documentos e segundos depois me devolveu os mesmos me liberando e informando que estava tudo em ordem!!pra minha surpresa quando abri o app carteira digital de trânsito constava 3 multas aplicadas por esse agente no mesmo horário e no mesmo local,em resumo será que esse agente estaria trabalhando com efeito de drogas ??

  5. Este exame deveria ser feito de dois anos e meio igual pra gente q é motorista pq tem muito polícia q depois q entra na polícia começa a usar e isto é muito perigoso pós se trata de um agente da segurança os responsáveis deveria mudar está lei

  6. Tinha que botar os PRF pra fazer toxicológico periódico igual nós motoristas aí eu queria ver

  7. Para eles tudo pode. Estress? Todos tem .principalmente aos profissionais do volante mal pagos e trabalham acima dos horários permitidos em leis.Esses maus policiais se confiam na lei da impunidade,mãe de todos os crimes.

  8. Na minha opinião tem que fazer tudo no Rogou da lei fazer com eles da mesma forma que eles fazem com qualquer cidadão civil Direitos iguais pra todos

  9. Vocês copiaram a reportagem correta do blog e colocaram informação errada. A BR364 não passa pelo MS. Ocorrência de MG.

    • Prezado, Alexandre, bom dia!

      Obrigado por nos prestigiar e pelo alerta. A matéria foi corrigida.

      Atenciosamente,
      Equipe Estradas

    • O policial e procedente do MS. A ocorrência que foi feita em MG, onde sim, a Br 364 passa.
      Faltou por parte do leitor interpretação.

  10. Quanto ao mesmo fazer uso de drogas, ele citou que está passando por problemas.
    Mas o uso da droga não irá acabar com o problema, ele tinha que procurar resolver o problema.
    Já para mudar a numeração da placa, sinal que ele é uma maçã podre…

    • Só os caminhoneiros oferecem risco a população? Isso é discriminação com a classe, justo seria que todos os condutores de todos os meios de transporte, com condutor qualificado (EXCETO ciclista, ascensorista, etc), servidores públicos dos três níveis de governo e alunos de universidade públicas, fossem submetidos ao mesmo exame.
      NÃO TEM CORAJOSO PARA CRIAR ESSA REGRA.

      • O exame toxicológico de larga janela já é aplicado para ingresso em diversas funções públicas, assim como para obter a habilitação nas categorias C, D e E. Entretanto, deveria ser exigido também o periódico, assim como para condutores. O que deverá ocorrer em breve. O problema é que existe um lobby sempre contra o controle de uso de drogas. O uso de substâncias psicoativas é inaceitável em determinadas atividades que colocam outros em risco. Além de lamentável em qualquer situação. Até porque, quem começa a fazer uso de drogas não pode alegar que dependência química, pois não usava antes. Mas também não pode alegar desconhecimento de que está financiando o mundo do crime. No nosso entender, os que já usam drogas são um problema que infelizmente a sociedade só irá conter com controles em determinadas atividades. Mas podemos impedir novos usuários, seja desestimulando o uso de drogas aplicando o exame toxicológico de larga janela, que permite identificar o usuário frequente de drogas nos últimos 90 dias, seja responsabilizando quem não é dependente químico porque está consciente de que está injetando recursos nas oreganizações criminosas e colocando todos em risco.

  11. As vezes penso em parar na PRF e denunciar alguns (motorista) que vende todos o tipo de drogas, anda com a cabine lotada, mas e o medo dos botas serem os principais clientes deles

  12. Se ele não cumpre as leis então deve ser punido, não importando se é policial ou não. A Lei deve servir para quem não a cumpre. Nada de passar paninho no “vítima “!!!

    • Ninguém falou que vai passar paninho.
      Com certeza ele vai ser e deve ser punido sim.
      Obviamente vai ser encaminhado para tratamento.

    • Não sei onde teu advogado viu que iriam passar o “paninho” , caso vc seja um muito TEORIA e pouca prática, não vai saber mesmo que atualmente qualquer sujeito está propício a cair no “mundo das drogas” e ir parar numa Cracolândia…

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