Registro Nacional de Estatísticas e Sinistros de Trânsito testa novo modelo
COLETA DE DADOS: Senatran pretende implementar o novo modelo para facilitar a coleta de dados, no qual os agentes atuem no atendimento às ocorrências. Foto: Divulgação/PRF/Ilustrativa

Fase de testes teve início nessa quarta-feira (13); agentes de trânsito passarão a alimentar a coleta de dados para o sistema estatístico

Ampliar e melhorar a base de dados do Registro Nacional de Estatísticas e Sinistros de Trânsito (Renaest). Esse é o objetivo da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) ao iniciar, nessa quarta-feira (13), a fase de testes do novo modelo de coleta, com agentes, diretamente envolvidos no atendimento às ocorrências, alimentando o sistema por meio de novo aplicativo de fiscalização da Senatran.

Segundo a Secretaria, a ferramenta voltada para uso de gestores de trânsito promete fornecer dados com maior precisão e agilidade, transformando o Renaest numa base estatística mais eficiente.

De acordo com o secretário nacional de Trânsito, Adrualdo Catão, o aplicativo pode ser usado por todos os agentes, policiais, bombeiros e demais envolvidos no atendimento aos sinistros, que poderão incluir os elementos básicos das ocorrências na plataforma para formar o novo Renaest. “Esse momento é importante para todos, porque as estatísticas nos ajudarão nas tomadas de decisão que vão embasar nossas políticas públicas. O desafio é de responsabilidade do Governo Federal, por isso devemos tocar da melhor forma, compartilhando as obrigações com os órgãos de trânsito locais”, frisa o secretário.

Dados compilados

Segundo a Senatran, a Polícia Militar é a principal responsável pela coleta dos dados no local dos sinistros em 81% dos estados brasileiros. Além disso, as entidades policiais representam a principal fonte de dados para os Departamentos Nacionais de Trânsito (Detrans) no que diz respeito ao acesso e à utilização das informações. Em contrapartida, apenas 11% das unidades federativas utilizam os dados fornecidos pela Secretaria de Saúde.

Registro Nacional de Estatísticas e Sinistros de Trânsito testa novo modelo
EMPENHO: Secretário Adrualdo Catão (centro) disse que o desafio é de responsabilidade do Governo Federal. “Devemos tocar da melhor forma, compartilhando as obrigações com os órgãos de trânsito locais”. Foto: Marcio Ferreira/MT

Com isso, o novo Renaest prevê:

  • Multiplicidade de fontes, com busca da fonte primária
  • Priorização das informações imprescindíveis
  • Camada de inteligência e interoperabilidade
  • Ampliação do escopo para “não eventos”
  • Integração com outros sistemas estruturantes
  • Analytics: análise exploratória e predição
  • Retroalimentação dinâmica para subsidiar processos decisórios

O Renaest é um dos instrumentos mais importantes do Governo Federal para avaliar não só a segurança nas estradas como para garantir o cumprimento de metas e compromissos previstos no Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans).

Pnatrans

O Pnatrans foi criado em 2018, pela Lei nº 13.614, para orientar os gestores de trânsito do nosso país a implementarem ações com o objetivo de reduzir mortes e lesões em vias urbanas e rodovias, em alinhamento com a Nova Década de Segurança no Trânsito da Organização das Nações Unidas (ONU).

O Plano passou por uma extensa revisão ao longo do ano de 2023, com o estabelecimento de uma nova versão com foco na transparência, conformidade, simplificação e efetividade.

A Senatran assumiu o compromisso de democratizar o Pnatrans, abrindo a possibilidade dos órgãos participantes cadastrarem novos produtos que fomente a redução da mortalidade nas pistas do país.