
De acordo com o documento, o fator principal do acidente foi a ocupação da faixa contrária pelo ônibus, aliada à sinalização inadequada do desvio no local. Chovia no momento da colisão
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) concluiu o relatório do acidente (sinistro) com um ônibus na BR-153, resultando em seis mortos, em 24 de dezembro passado, no qual aponta que a falha na sinalização e a falta de iluminação podem ter contribuído para a ocorrência do sinistro, no desvio feito próximo à cratera que se abriu na rodovia, à época, em Aparecida de Goiânia (GO).
De acordo com o documento, “o fator principal do acidente foi a ocupação da faixa contrária pelo v1, que é o ônibus, aliada à sinalização inadequada do desvio no local”. O delegado Diogo Rincón informou nessa quarta-feira (24) que a investigação ainda não foi concluída.
Ainda de acordo com a Corporação, “a iluminação no local do acidente é inexistente”, o que prejudicou a visibilidade no período noturno. A PRF concluiu que “há postes de iluminação, mas todos inoperantes”.
A concessionária Triunfo Concebra, que administra a rodovia, começou uma obra no local. Um viaduto será construído após uma cratera abrir na pista.
A Prefeitura de Aparecida de Goiânia informou por meio de nota, nessa quinta-feira (24), que a Justiça mandou o Governo Federal entregar a iluminação da rodovia toda reestruturada para que a administração municipal assumisse a manutenção e que isso ainda não aconteceu. A Prefeitura informou que vai assumir o serviço assim que a estrutura for entregue.
A Triunfo Concebra, que administra a rodovia, disse em nota, nessa quarta-feira (23), que o relatório da PRF é sigiloso e que aguarda o fim da investigação.
Relatório
No relatório, a PRF ressaltou que não foi possível determinar quando começou a sinalização de alerta para quem vinha de Aparecida para Goiânia porque o ônibus derrubou tudo. Também não deu para ver as marcas de freio na pista porque logo após o acidente começou a chover e a falta de iluminação não ajudou.
Na descrição da PRF, o veículo da concessionária estava estacionado de forma a sinalizar o desvio, mas isso, segundo o relatório, dificultava a visualização de seu dispositivo luminoso de emergência.
Pouco antes do acidente, segundo o relatório, a concessionária que administra a BR-153 tinha alterado o tráfego do trecho em obras. Para passar pelo local, era preciso entrar na pista contrária, percorrer um desvio em mão única para só depois retornar a mão dupla da rodovia.
Com informações do portal G1