Com 2,6 mil quilômetros de extenssão, a estrada vai do Acre ao Peru
Idealizada em 2000, em acordo firmado entre 12 países da América do Sul, a Iirsa Sul, rodovia interoceânica de 2,6 mil quilômetros, ligará a fronteira do Brasil (município Assis Brasil, no Acre) com o Peru (porto de San Juan de Marcona), próximo a Lima, no Pacífico, e criará novas oportunidades para o comércio, transporte e turismo entre os países. Antes, para percorrer os 500 quilômetros que separam as capitais Cuzco e Puerto Madonado eram necessários três dias.
Hoje, com a rodovia, o tempo de viagem cai para cerca de 11 horas, sob condições climáticas favoráveis. O Consórcio Conirsa, liderado pela Odebrecht, com 70% de participação, e empresas Graña Y Montero (19%), JJC Contratistas Generales (75) e Iccsa (4%), é responsável por dois dos cinco trechos que compõem a Iirsa Sul, totalizando 710 quilômetros nas regiões de Cuzco e Madre de Dios. Com investimento da ordem de US$ 1 bilhão, trata-se de uma concessão de 25 anos realizada na modalidade PPP (Parceria Público-Privada) que prevê a construção, manutenção e operação da rodovia.
A expectativa é que a Iirsa favoreça o comércio bilateral, estimulando a integração entre os países, que era prejudicada devido às condições precárias da antiga estrada de terra. A melhoria de infraestrutura beneficiará toda a cadeia logística, com a expansão dos mercados de consumo e a redução nos custos de transporte e com aumento de competitividade.
Desde o início da construção da rodovia, em 2006, 23 empresas de transporte de passageiros já se estabeleceram para ligar diferentes localidades. Em Madre de Dios, com 110 mil habitantes, 320 empresas foram constituídas desde 2005, com a criação de 1,2 mil empregos. Nos trechos de responsabilidade do Consórcio Conirsa, o tráfego médio diário de automóveis, ônibus e caminhões aumentou de 60 para 200 e deve alcançar 300, superando as projeções feitas para 2014.
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