Estradas fechadas por horas e longos congestionamentos. Uma sequência de acidentes nas BRs 381 e 040 voltou a interditar duas das principais rodovias federais que cortam Minas. Problemas vistos na quarta-feira, quando o tráfego na 040 ficou parado por mais de cinco horas nos dois sentidos, voltaram a ocorrer. A demora da chegada da perícia e do guincho para a retirada de vítimas e de veículos tombados nas pistas, mais uma vez, ajudou a formar longas filas.

O acidente mais grave ocorreu no km 369,4 da BR-381, em São Gonçalo do Rio Abaixo, na Região Central do estado, no sentido Vitória/BH . Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), um Gol invadiu a contramão e bateu numa carreta. Dois carros que seguiam atrás foram envolvidos. Três pessoas morreram e uma ficou gravemente ferida – todas ocupantes do Gol. Com o choque, a carreta saiu da pista e caiu num barranco de cerca de 15 metros de altura. Novamente, foram quase cinco horas de dor de cabeça para quem passava pelo trecho. O acidente ocorreu por volta das 6h30, mas a rodovia só foi liberada no fim da manhã.

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Às 10h, foi a vez de um caminhão-baú que seguia para Cariacica (ES) tombar no km 429 da BR-381. O motorista Rafael Premo, de 23 anos, contou que perdeu o controle ao fazer uma curva. “A descida tem lombadas que causam trepidação. Parte da lataria do baú, carregado com óleo, se soltou e, com isso, o caminhão tombou”, disse. O veículo se arrastou por cerca de 100 metros e parou no lado contrário da pista, no sentido BH, com a cabine pendurada no barranco. Rafael saiu ileso.

A pista ficou interditada e os motoristas tiveram de passar pelo acostamento, em sistema de pare e siga, no sentido João Monlevade. A estrada só foi liberada às 13h30, mas o tráfego fluiu em uma faixa em cada sentido até o fim da tarde. Em outro trecho da estrada, no km 406, em Bom Jesus do Amparo, a pista também ficou interditada das 15h às 15h30 para a retirada de veículo acidentado.

Na BR-040, uma batida entre um caminhão e quatro veículos no km 604, em Congonhas, também fechou a pista nos dois sentidos, no início da noite. Uma pessoa morreu e três ficaram feridas.

A chefe de comunicação social da PRF, inspetora Fabrizia Nicolai, informou que o principal motivo da demora é a chegada do guincho, que fica a cargo da transportadora. Mas quando há mortes nos acidentes, é preciso esperar ainda a perícia da Polícia Civil. “O ideal seria a PRF ter guinchos conveniados. Estamos em conversa com o Dnit, mas tudo isso passa por Brasília”, disse.

Por meio da assessoria de imprensa, a Polícia Civil informou que os engarrafamentos são o principal motivo para a demora da chegada da perícia. De acordo com a polícia, em São Gonçalo do Rio Abaixo, o perito gastou uma hora e meia para chegar ao local, depois de sair de Itabira, e demorou duas horas para concluir o trabalho. A perícia funciona em esquema de plantão, e a cada 12 horas 12 profissionais assumem a função. Eles estão habilitados a atuar em diversas funções, como ocorrências de homicídios e acidentes de trânsito.