O Ministério Público Estadual (MPE) vai apurar denúncias de falta de segurança no trecho urbano da Rodovia Raposo Tavares (SP-270), em Sorocaba, a 92 quilômetros de São Paulo. Segundo a Associação de Moradores das Vilas Sabiá e João Romão, desde a queda de uma passarela no km 96, no último dia 3, os usuários são obrigados a caminhar pela beira da pista, tornando-se alvos de ladrões e agressores. O acidente, causado por uma carreta com a caçamba levantada, deixou dois mortos.

Os moradores são obrigados a caminhar até outra passarela, a 300 metros do local. “Houve assaltos e agressões a mulheres e a população está assustada”, disse o vice-presidente da associação, Wanderley Diogo. Em representação protocolada na Promotoria de Sorocaba, o vereador Helio Godoy (PTB) denuncia a falta de iluminação e sinalização, além da ausência de radares e câmeras de monitoramento, itens previstos no contrato de concessão da rodovia.

De acordo com a representação do vereador, as marginais recém-construídas estão sendo liberadas sem qualquer sinalização. “Solicitamos, por meio de requerimentos aprovados na Câmara, cópias do contrato de concessão, bem como os aditivos, mas essa documentação não foi fornecida nem pela Viaoeste, nem pela Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo)”, reclamou ele.

Uma comissão de moradores dos bairros, entre eles uma vítima de tentativa de assalto, reuniu-se ontem com representantes da empresa responsável. A CCR Viaoeste comprometeu-se a reconstruir a passarela até o final do ano. A empresa pedirá à Polícia Militar a intensificação das rondas na região. A empresa não foi notificada oficialmente sobre a representação do vereador, mas informou que as obras nas marginais da Raposo Tavares ainda estão em andamento e a sinalização está de acordo com o projeto e cronograma aprovados pela Artesp.